30/08/2022

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse na 2ª feira (29.ago.2022) que o bloco se prepara para uma “intervenção emergencial” no mercado de energia. Segundo a líder da UE (União Europeia), o setor deverá passar por uma reforma estrutural para redução dos preços.

Os preços vertiginosos da eletricidade estão agora expondo, por diferentes razões, as limitações do nosso atual projeto de mercado de eletricidade”, falou durante participação no Fórum Estratégico de Bled, na Eslovênia.

“[O mercado de energia] foi desenvolvido em circunstâncias completamente diferentes e para propósitos completamente diferentes. E não é mais adequado”, avaliou von der Leyen.

É por isso que nós, a Comissão [Europeia], estamos trabalhando agora em uma intervenção emergencial e uma reforma estrutural do mercado de eletricidade. Precisamos de um novo modelo de mercado de eletricidade que realmente funcione e nos traga de volta o equilíbrio.

ALTOS PREÇOS

Os preços da energia na Europa estão batendo recordes. A crise energética também está elevando os temores sobre uma possível falta de eletricidade para aquecimento durante o inverno.

Desde que a estatal russa Gazprom anunciou que fecharia o gasoduto Nord Stream 1 por 3 dias para manutenção, os valores escalaram ainda mais. A interrupção no fornecimento está programada para acontecer a partir de 4ª feira (31.ago).

Apesar de a justificativa para o corte temporário do serviço ser uma manutenção no gasoduto, países europeus temem que Moscou interrompa completamente o fornecimento gás.

FUNCIONAMENTO DO MERCADO

Na UE, os preços de diversas fontes de energia são interligados. O bloco prioriza a compra dos recursos mais baratos (os renováveis)​ e termina pelos mais caros, geralmente o gás. Assim, se o gás fica mais caro, as contas de energia também aumentam.

Elogiado por promover transparência e incentivar a produção de energia limpa, o sistema vem sendo questionado, especialmente depois do início da guerra na Ucrânia.

Diversos países do bloco, como Espanha, Portugal, Grécia, França, Itália e Bélgica, já pediram a dissociação dos preços do gás e da eletricidade.

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