Secretaria de Saúde alerta para importância da vacina contra covid-19

Publicado em 05/11/2022

AMT Camera System 7/7/2021 11:50 0.30 8.0 80 Diffraction #2021-16-1H (B1) #H1103 Nasal Turbinate XpixCal=NaN YpixCal=NaN Unit=A ##fv3 4096 3008 7.0.1.147 Blank1 Blank2 ##fv4

Foi identificada na cidade do Rio de Janeiro a circulação local da subvariante Ômicron BQ.1 do novo coronavírus, causador da pandemia de covid-19. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde , a confirmação ocorreu por meio de sequenciamento genético feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“No momento, a recomendação é para que aqueles que ainda não tomaram a dose de reforço da vacina contra a covid-19 procurem uma unidade de saúde a partir de segunda-feira (7), para concluir o esquema de imunização’, alerta a secretaria.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a subvariante pode estar relacionada com o aumento no número de casos verificada nas últimas semanas.

“Essa subvariante pode sim estar provocando um aumento de número de casos nesse momento. É uma subvariante que não tem nenhum sinal de maior gravidade do que outras subvariantes, mas merece toda atenção para aquela população que ainda não se vacinou. Então as pessoas que não tomaram a dose de reforço devem procurar uma unidade de saúde para realizar a dose de reforço, porque a vacina protege contra a subvariante para internação e para óbito”.

No município, 25% da população adulta não recebeu a primeira dose de reforço da vacina contra a covid-19. A segunda dose foi aplicada em 34,7% dos maiores de 18 anos.

Testagem

A Secretaria de Estado de Saúde informou que enviou ontem (4) ofício aos 92 municípios do estado recomendando a ampliação da testagem para covid-19, devido ao aumento na taxa de positividade para a doença.

“Uma análise dos últimos 15 dias realizada pela vigilância estadual apontou que a taxa de positividade dos testes de RT-PCR e antígeno para covid-19 tiveram aumento. A taxa de RT-PCR passou de 3% para 7% e a de antígeno, de 5% para 16%”.

O secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe, alerta que o aumento de casos é verificado em diversos países.

“Estamos observando em diversos países do mundo um aumento na transmissão de coronavírus relacionado ainda à variante Ômicron, que é a prevalente também no estado do Rio de Janeiro. Neste momento, a transmissão ainda é baixa no estado, mas temos acompanhado o cenário em outros estados, como São Paulo, e temos um plano de contingência, que será colocado em prática se necessário”.

De acordo com a secretária, no momento não se verifica a prevalência do Sars-CoV-2 entre as doenças respiratórias no estado.

“O levantamento mostrou ainda que, embora a taxa de positividade para covid-19 tenha aumentado, os vírus respiratórios com maior circulação foram o rinovírus, com 21% de prevalência, e o adenovírus, com 17%. O vírus SARS-CoV-2 aparece em 4% das amostras testadas”.

Fonte: Agência Brasil

Atividades temáticas destinam-se a todo tipo de público

Publicado em 06/11/2022

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) inicia neste domingo (6) uma série de atividades temáticas sobre o bioma Pantanal. Segundo a presidente do Jardim Botânico, Ana Lúcia Santoro, o evento vai até o próximo sábado (12) e tem atrações para todo tipo de público.

“Do público infantil ao adulto, do público leigo até o mais especializado, temos atividades para todos, desde as conduzidas pelo educativo, com jovens, de maneira mais lúdica, até a divulgação de informações e imagens de expedições científicas pelo Jardim Botânico no bioma Pantanal”, disse Ana Lúcia à Agência Brasil.

O Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. A vegetação do bioma forma um mosaico composto por matas, cerradões e savanas. Entre as formações vegetais, destacam-se a palmeira carandá, a palmeira buriti e o paratudo, que é um tipo de ipê.

De acordo com Ana Lúcia, além de conscientizar e disseminar conhecimento do que se sabe sobre os biomas em um país como o Brasil, de escala continental, o ciclo de semanas dos biomas visa dar ao visitante, e à sociedade, de forma geral, acesso ao trabalho do Jardim Botânico, que ocorre em âmbito nacional.

As expedições realizadas pelo JBRJ mostram diferentes períodos e trabalhos feitos “para que pessoas, daqui de longe, tenham o gostinho de estar por lá e conhecer esse bioma”. Inclusive o restaurante do JBRJ, o Green Garden, “embarca” na ideia e vai oferecer neste domingo (6) e no sábado (12) pratos especiais e típicos da região, informou Ana Lúcia. Na loja de souvenirs, instalada no Centro de Visitantes, estarão à venda produtos da Coleção Biomas Brasileiros – Pantanal.

Atividades

O Museu do Meio Ambiente oferece atividades gratuitas, além de ações dentro do Arboreto, relacionadas às coleções vivas. E trilhas guiadas mostram ao visitante os tipos de plantas do bioma do Pantanal.

Para as crianças, a presidente do JBRJ destacou que a ideia é conhecer para preservar. “Só se preserva aquilo que se conhece. A gente só respeita aquilo que conhece”, ressaltou Ana Lúcia. O objetivo é mostrar as particularidades e sensibilidades do bioma, como funciona, que riqueza está presente lá, “para que as pessoas possam, a partir do conhecimento, chegar ao respeito e à conscientização de preservação, além de conhecer um pouco do trabalho do Jardim Botânico nesse bioma”.

A programação inclui exposição de equipamentos relativos à botânica do acervo e memória da instituição e publicações raras da coleção da Biblioteca Barbosa Rodrigues, incluindo as obras Flora Brasiliensis, de Von Martius, e Victoria regia ou Victoria amazônica, de Gastão Cruls, atividades e oficinas educativas, exibição de desenhos animados, fotos de expedições botânicas e oficina de fotografia botânica com celular sobre o Pantanal.

A primeira representação dos biomas brasileiros, Flora Brasiliensis, de Von Martius, exposta no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro durante a de semana atividades temáticas sobre o Pantanal.

A obra Flora Brasiliensis, que traz a primeira representação dos biomas brasileiros – Fernando Frazão/Agência Brasil

A obra Flora Brasiliensis contém a primeira representação dos biomas brasileiros, elaborada por Von Martius, e traz a descrição de mais de 22 mil espécies de plantas, com informações de grande valor para o estudo da flora brasileira na atualidade. Já Victoria regia ou Victoria amazônica trata da planta, cuja denominação representa uma homenagem à rainha da Inglaterra.

A iniciativa faz parte do programa JBRJ Nacional: Biomas, cujo objetivo é contribuir para a preservação dos biomas brasileiros por meio da conscientização ambiental, divulgação e disseminação do conhecimento.

Programação

Diariamente, haverá exposição de equipamentos sobre o acervo e memória do JBRJ – 200 anos de botânica, no Museu do Meio Ambiente, das 9h às 17h, com entrada gratuita. No mesmo horário e local, o público poderá apreciar O Pantanal na Biblioteca – Exposição de acervos raros da Biblioteca Barbosa Rodrigues sobre este bioma.

Ainda no Museu do Meio Ambiente estão previstos jogos educativos sobre o Pantanal (memória e quebra-cabeça), oficina de origami e exibição de desenhos animados na terça-feira (8) e na quinta-feira (10), de 9h às 16h, com entrada gratuita; além de oficina de fotografia botânica sobre o Pantanal com celular, na quinta-feira (10) e no sábado (12), às 10h.

As visitas guiadas à Trilha do Pantanal serão nos dias 11 e 12, às 10h. Durante o passeio, poderão ser observadas 15 espécies do bioma, como pau-formiga (Triplaris americana L.), ipê-do-cerrado (Tabebuia aurea) e pau-de-ervilha (Trichilia elegans A. Juss), entre outras. Para participar, é preciso fazer inscrição prévia pelos telefones (21) 3874-1808/3874-1214 ou pelo e-mail do JBRJ cvis@jbrj.gov.br. A visita guiada é gratuita, havendo apenas cobrança de entrada no Arboreto. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria ou pelo site do JBRJ.

Para visitantes residentes na área metropolitana do Rio de Janeiro, o ingresso custa R$ 17. Visitantes residentes no Brasil pagam R$ 27; visitantes estrangeiros, Mercosul, R$ 50; visitantes estrangeiros, R$ 67; enquanto crianças até 5 anos de idade têm gratuidade.

O JBRJ está situado na Rua Jardim Botânico, 1.008, no bairro do mesmo nome, zona sul do Rio de Janeiro.

*Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Fonte: Agência Brasil

Projeto-piloto será aplicado em Duque de Caxias

Publicado em 06/11/2022

lixo eletrônico

O Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) 199 Charles Chaplin, localizado em Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias, vai receber, nos dias 8 e 9, o piloto do “ReciclaJá: um projeto inovador de metarreciclagem de e-lixo”.

O projeto foi criado em parceria da organização não governamental (ONG) Associação Junior Achievement Rio de Janeiro (JA Rio de Janeiro), por meio do programa Innovation Camp e o Instituto Reciclar, com o Programa de Apoio à Educação Pública (Paep).

A coordenadora de Programas da JA Rio de Janeiro, Maria Clara Wasserman, explicou à Agência Brasil que a ideia é ampliar o projeto para outras escolas da rede estadual de ensino. A proposta conjunta será testada na escola pública de Jardim Gramacho, bairro que abrigou o maior lixão da América Latina, fechado em 2012. Uma área verde deu lugar às antigas montanhas de lixo, mas a região ainda carece de saneamento básico, água encanada e coleta de lixo.

Segundo o Fórum Comunitário de Jardim Gramacho, cerca de 40 mil pessoas vivem no bairro atualmente, sendo a maioria dos moradores formada por ex-catadores e suas famílias.

Aprendizagem

Os alunos e professores do Ciep 199 Charles Chaplin terão dois tipos de aprendizagem. Eles vão entender que o lixo eletrônico não é um material de descarte, mas de ressignificação, ou reúso. “Eles vão aprender as várias formas de reúso desse lixo (celulares, computadores, pilhas e baterias, fios, cabos, iluminação, eletroportáteis e eletrodomésticos), como se pode aproveitar aquilo para virar outra coisa. É a ideia da cultura maker. Os alunos vão ressignificar a ideia do que é lixo eletrônico, por meio da prática”. A cultura maker se baseia na ideia de que as pessoas devem ser capazes de fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos e com diversas funções.

Os estudantes vão abrir os resíduos eletrônicos, investigar as formas de reutilização e, mediante a metodologia do design thinking (método para estimular a abordagem de problemas) podem entender o problema que escola e comunidade enfrentam com relação ao lixo eletrônico.

Poderão criar uma e-sucatoteca que não seja um depósito só de sucata, mas também daquilo que é vivo e tem utilidade para a comunidade. Ou seja, a e-sucatoteca será um polo de coleta e distribuição de lixo eletrônico.

Os alunos poderão ainda se tornar agentes multiplicadores de ensinamentos para a família, os amigos, entendendo como o lixo eletrônico pode não ser lixo e ter várias formas de uso, visando impactar pessoas e comunidades do ponto de vista social, ambiental e econômico, informou Maria Clara.

Equipes

Cinquenta alunos do Ciep 199 Charles Chaplin serão divididos em dez equipes, que deverão elaborar uma campanha de arrecadação do lixo eletrônico e um plano de comunicação e criação de uma e-sucatoteca na escola.

Com isso, a iniciativa visa transformar o cenário escolar, destacando a importância do uso de tecnologias para o ensino-aprendizagem e para resolução de problemas sociais complexos. Durante o processo, os estudantes contarão com suporte de facilitadores formados que os auxiliarão no desenvolvimento da ideia e apresentação da solução.

Na primeira etapa, as equipes vão apresentar projetos de campanhas de arrecadação. A ideia vencedora será premiada com  R$ 1 mil e uma trilha de mentoria para colocar o projeto em prática. Na segunda etapa, será a vez de apresentar os planos de criação da e-sucatoteca.

O plano mais completo e viável será premiado também com um capital semente, uma trilha de mentoria para por o projeto em prática, além de um bônus surpresa.

Engajamento

Maria Clara disse que a escola foi escolhida para dar início ao projeto por várias razões. “Por ser uma escola muito engajada, que já está em um projeto nosso, que é a Trilha Empreendedora, e por ser próxima ao antigo lixão de Jardim Gramacho, que tem todo o contexto dos alunos com a questão do lixo. É uma escola-modelo para nós”. O objetivo é entender como o projeto vai aderir ao contexto para replicá-lo em outras escolas e situações.

A diretora executiva da JA Rio de Janeiro, Renata Guimarães, ressaltou que a ideia é transformar as escolas estaduais do Rio de Janeiro em polos de coleta e metarreciclagem de e-lixo, para que possam colaborar para o desenvolvimento do uso dessa tecnologia em sala de aula, desenvolvendo a criatividade, autonomia, resolução de problemas, entre outras competências socioemocionais.”

O diretor executivo do Instituto Reciclar, Carlos Henrique Lima, lembrou, por outro lado, que a iniciativa faz parte do Programa de Apoio à Educação Pública (Paep), cujo intuito é “compartilhar nossa expertise técnica em diversas áreas do saber educacional com professores e educadores das redes públicas de ensino”. Este ano, o programa já formou 2.700 professores, beneficiando mais de 52 mil estudantes de diferentes redes públicas de ensino. “Nosso intuito é, juntos, apoiarmos a melhoria contínua da educação pública e o desenvolvimento social”, disse Lima.

Ranking

De acordo com o relatório The Global E-waste Monitor 2020, elaborado pela Universidade das Nações Unidas, o Brasil foi o quinto país que mais gerou lixo eletrônico no mundo em 2019, com mais de 2 milhões de toneladas, ficando atrás da China (10,1 milhões de toneladas), Estados Unidos (6,9 milhões de toneladas), Índia (3,2 milhões de toneladas) e Japão (2,5 milhões de toneladas). Considerando apenas os países da América Latina, o Brasil é o primeiro no ranking dos geradores de e-lixo. 

*Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Fonte: Agência Brasil

Lideranças globais se reúnem até o dia 18 em Sharm el-Sheikh, no Egito

Publicado em 06/11/2022

Cidade Nova- Seca expõe ruínas de cidades inundadas para a construção da barragem de Sobradinho, no fim da década de 1970 (Marcello casal jr/Agência Brasil)

Começa neste domingo (6), em Sharm el-Sheikh, no Egito, a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27). O encontro reúne, até o dia 18 de novembro, representantes oficiais de governo e da sociedade civil para discutir maneiras de enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.

Os debates terão, como eixo principal, o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que analisa vulnerabilidades, capacidades e limites do mundo e da sociedade para se adaptarem ao contexto de alterações climáticas que decorrem, em larga escala, da interferência humana no meio ambiente.

Organizada pelas Nações Unidas (ONU), a conferência ocorre em um cenário que abrange, também, uma crise de energia impulsionada pela guerra na Ucrânia. A entidade alerta que há dados que mostram, de forma cada vez mais clara, que “o mundo não está fazendo o suficiente para combater as emissões de carbono e proteger o futuro do planeta”.

A expectativa do secretário-geral da ONU, António Guterres, é de que a COP27, “a mais importante conferência anual sobre clima”, apresente, entre seus resultados “soluções climáticas que correspondam à escala do problema”.O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, teve sua participação confirmada, após ter sido convidado pelos organizadores. Segundo o PT, ele integrará a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal.Histórico

As edições da COP tiveram início em 1992, durante a ECO-92: encontro organizado pela ONU no Rio de Janeiro, marcado pela adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

De acordo com a ONU, na oportunidade os países participantes chegaram a um acordo visando diminuir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, de forma a “evitar interferências perigosas da atividade humana no sistema climático”.

O tratado entrou em vigor em 1994. Desde então a ONU reuniu “quase todos os países” nas 27 edições das chamadas conferências das partes (as COPs). O documento original recebeu, ao longo dos encontros, vários acréscimos “para estabelecer limites juridicamente vinculativos para as emissões”. Atualmente, o documento é assinado por 197 países.

Antonio Guterres UN Secretary-General Guterres in Vienna
Secretário-geral da ONU, António Guterres, diz que a COP27 “a mais importante conferência anual sobre clima” – REUTERS/Lisa Leutner/Direitos reservados

Kyoto, Paris e Glasgow

Entre as extensões aplicadas ao documento original está o Protocolo de Kyoto, que foi incluído durante o encontro de 1997, estabelecendo metas como a de redução das emissões de gases de efeito estufa no período entre 2008 e 2012; e o estímulo à criação de formas de desenvolvimento sustentável visando a preservação do meio ambiente.

Uma outra ampliação do texto original foi o Acordo de Paris, em 2015. Nele os países signatários assumiram o compromisso de aumentar esforços para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais; e de aumentar o financiamento da ação climática.

A COP26, em Glasgow (Escócia) no ano passado, marcou os cinco anos da assinatura do Acordo de Paris. A conferência deixou, entre seus legados, o Pacto do Clima de Glasgow, que “manteve viva a meta de conter o aquecimento global a 1,5 º C”.

“Avanços foram feitos para tornar o Acordo de Paris totalmente operacional, finalizando os detalhes para sua implementação prática. Também durante a COP26, os países concordaram em entregar compromissos mais fortes em 2022, incluindo planos nacionais atualizados com metas mais ambiciosas”, informa, por meio de seu site, a ONU – em meio ao alerta de que apenas 23 dos 193 países apresentaram seus planos até o momento.

Glasgow foi também marcado pelas “muitas promessas feitas dentro e fora das salas de negociação”, em relação a compromissos para zerar emissões (net-zero), proteção de florestas e financiamento climático.

Os países desenvolvidos concordaram em dobrar o financiamento para adaptação, em meio a reivindicações de outros países por mais “financiamentos de adaptação” que correspondam, de forma mais realista, aos valores que têm sido gastos por eles com mitigação.

De acordo com a ONU, a mitigação envolve tanto o uso de novas tecnologias e fontes de energia renováveis que tornam equipamentos antigos mais eficientes em termos energéticos, como a mudança das práticas de gestão ou de comportamento do consumidor.

Expectativas

Na atual edição da COP, a expectativa é de que os países participantes avancem nas negociações e deem início a um planejamento que garanta a implementação das promessas já feitas.

O encontro terá novamente como tema principal questões relacionadas ao financiamento climático, mecanismo por meio do qual países desenvolvidos podem garantir apoio aos mais vulneráveis.

“O Egito pediu uma ação completa, oportuna, inclusiva e em grande escala. De acordo com especialistas, além de revisar como implementar o Livro de Regras de Paris, a conferência também terá negociações sobre alguns pontos que permaneceram inconclusivos após Glasgow”, explica a organizadora do encontro (ONU).

Os pontos a serem debatidos incluem o financiamento de “perdas e danos” para que os países na linha de frente da crise possam lidar com as consequências das mudanças climáticas que vão “além do que podem se adaptar”; e o cumprimento da promessa de US$ 100 bilhões todos os anos para financiamento de adaptação destinado a países de baixa renda.

Também fazem parte das pautas de debate discussões técnicas sobre como mensurar as emissões feitas pelos países, “de forma prática, para que haja igualdade de condições para todos”.

Compromissos

A ONU vê no atual encontro condições para que as nações “capturem e avaliem seu progresso para aumentar a resiliência e ajudar as comunidades mais vulneráveis”. Para tanto, acrescenta, será necessário que os países participantes assumam “compromissos mais detalhados e ambiciosos nos componentes de adaptação de seus planos climáticos nacionais”.

As discussões da COP27 servirão de base para o primeiro Balanço Global, previsto para a COP28 em 2023, quando se avaliará o “progresso coletivo global” para a mitigação, a adaptação e a implementação do Acordo de Paris.

*Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Fonte: Agência Brasil

Nova sociedade atuará na oferta de serviços financeiros integrados a softwares de gestão empresarial com foco em pequenas e médias empresas

Publicado em 03/11/2022 16h57

1[1].png

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a formação de uma joint venture entre a Totvs S.A. e o Itaú Unibanco S.A., com o objetivo de operar uma plataforma digital de serviços financeiros com foco em pequenas e médias empresas, através de sua integração aos softwares de gestão empresarial da Totvs.

Com a aprovação da operação, a Totvs Techfin, atualmente holding não-operacional da Totvs, passará a deter os ativos que compõem o negócio de serviços financeiros operado pela Supplier Participações S.A. O Itaú Unibanco, por sua vez, passará a deter 50% de seu capital social.

Para aprovar a operação, a SG/Cade analisou tanto a sobreposição horizontal verificada no mercado de crédito de livre utilização por pessoas jurídicas, quanto a possível integração não-horizontal e diferentes serviços financeiros voltados aos clientes corporativos, tais como concessão de crédito e antecipação de recebíveis.

Com relação à sobreposição horizontal verificada no mercado de crédito de livre utilização por pessoas jurídicas, a análise realizada apontou que a operação não seria capaz de ensejar preocupações concorrenciais, em nenhum dos cenários considerados, tendo em vista que os dados apontaram para a inexistência de relação entre a operação e eventual possibilidade de exercício de poder de mercado, conforme parâmetros definidos na legislação do Cade. 

No que se refere aos possíveis efeitos conglomerais, a análise empreendida pela SG buscou avaliar se, em decorrência da operação, o Itaú Unibanco, em conjunto com a joint venture formada, teria capacidade e incentivos para o fechamento do mercado de softwares de gestão.

No que se refere à capacidade, foi constatado, dentre outros fatores, que, apesar de o Itaú deter participação no mercado de crédito ligeiramente superior a 20%, o mercado de softwares é relativamente pulverizado, sem dominância da Totvs. Além disso, o parecer concluiu que a maioria dos concorrentes da Totvs já oferta crédito próprio ou já possui parceria para tal; que há disponibilidade de parceiros e relativa facilidade tecnológica para a integração; que a joint venture não terá exclusividade com o ERP da Totvs nem com o Itaú; e que este não terá acesso às bases de dados da Totvs e da nova sociedade.

Quanto aos incentivos, a análise apontou, dentre outros aspectos: a maior atratividade de uma plataforma como um software de gestão quanto maior for sua capacidade de integração; a ainda incipiente demanda por integração de software de gestão com serviços financeiros; a desnecessidade de conexões tecnológicas sofisticadas; a existência de alternativas de crédito e de soluções tecnológicas de integração; a diversidade de canais de distribuição de produtos financeiros; e a ausência de incentivos por parte da Totvs e da nova empresa em permitir ao Itaú acesso a suas bases de dados.

Este é um caso que, sem dúvidas, chama bastante atenção para um movimento que vem se consolidando no setor e remete à aproximação do mercado financeiro com outros mercados adjacentes, como aconteceu em relação aos softwares de gestão oferecidos pela Totvs.

Neste contexto, foi necessário analisar pormenorizadamente se a operação poderia ocasionar algum tipo de fechamento de mercado vislumbrando um possível tombamento dos clientes cativos de ERP do ecossistema Totvs aos diferentes serviços financeiros oferecidos pelo Itaú. Após negociar inclusive a alteração da redação de uma das cláusulas do contrato de joint venture, foi possível concluir que a hipótese de fechamento carecia de racionalidade e que, inclusive, seria possível identificar prováveis ganhos de eficiência decorrentes da operação, o que acabou motivando a sua aprovação sem restrições.

Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral terão caráter terminativo e as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.

Fonte: CADE

 

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento ao recurso interposto pela J&F Participações, dona da marca de produtos para cabelo Neutrox, para que a Dragão Química Ltda. deixasse de utilizar produtos e materiais publicitários com a marca Tratex, em virtude de alegada concorrência desleal. Para o colegiado, não ficou comprovado no processo que a coexistência das duas marcas, que já dura mais de 40 anos, seja capaz de causar confusão no consumidor ou prejuízos à fabricante do Neutrox.

04/11/2022

A J&F acusou a Dragão Química de violar seus direitos de marca, pois, segundo ela, o conjunto visual da marca Tratex imitaria o dos produtos Neutrox (embalagem cilíndrica com corpo ou conteúdo amarelo e tampa e dizeres em vermelho). O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) entendeu não haver concorrência desleal e lembrou que desde os anos 1970 as marcas utilizam o conjunto-imagem contestado.

Ao STJ, a J&F alegou que a decisão do TJRJ se pautou em critérios errôneos na análise do trade dress (conjunto-imagem) dos produtos, violando a Lei de Propriedade Industrial (Lei 9.279/1996), e sustentou que o fato de outras marcas possuírem conjunto-imagem semelhante ao do Neutrox no passado não significa um aval eterno para violações.

Proteção jurídica do conjunto-imagem deve preservar o exercício da livre concorrência

Relator do processo, o ministro Moura Ribeiro lembrou que a proteção jurídica conferida ao trade dress tem como intenção combater a utilização indevida de elementos e caracteres que, ligados a determinada marca, personalizam e distinguem seus produtos e serviços. O magistrado destacou que, por vezes, esses elementos não integram o registro da marca, mas possuem alto poder de influência na escolha dos consumidores.

Por outro lado, ponderou que essa proteção deve ser concomitante ao exercício da livre concorrência, e que a mera semelhança de cores, embalagens, sinais ou afinidade das atividades não basta para caracterizar infringência de marca.

Para que se justifique a intervenção do Estado, segundo Moura Ribeiro, “é necessário que o ato apontado como desleal seja de tal relevância que a coexistência das marcas, em decorrência da identidade de trade dress, cause confusão no consumidor ou prejuízo ao titular da marca anterior”.

Possibilidade de confusão entre marcas deve ser analisada caso a caso

O relator salientou ainda que a possibilidade de associação indevida e de confusão entre marcas deve ser analisada diante de cada caso concreto, a partir de parâmetros que a doutrina definiu para viabilizar a interpretação da norma legal, a exemplo do chamado Teste 360°.

“A doutrina criou parâmetros para a aplicação do artigo 124, XIX, da Lei 9.279/1996 ao caso concreto, listando critérios para a avaliação da possibilidade de confusão de marcas: a) grau de distintividade intrínseca; b) grau de semelhança entre elas; c) legitimidade e fama do suposto infrator; d) tempo de convivência no mercado; e) espécie dos produtos em cotejo; f) especialização do público-alvo; e g) diluição”.

O ministro explicou que, de acordo com os criadores desse teste – aplicado ao caso em julgamento pelo TJRJ –, nenhum desses elementos deve se sobrepor aos demais, sendo certo que o resultado da avaliação de um critério isoladamente não confirma nem elimina a colidência das marcas sob exame. Para ele, alterar a conclusão a que chegou o TJRJ implicaria a reanálise de fatos e provas, procedimento vedado no recurso especial pela Súmula 7.

Falta de ineditismo e caráter distintivo do conjunto-imagem

Outro ponto destacado no acórdão do tribunal de origem pelo ministro é o fato de que a roupagem do Neutrox não apresentava ineditismo nem caráter distintivo da marca na época da criação da Tratex, pois diversas marcas de condicionador de cabelo usavam – e ainda usam –embalagem cilíndrica com corpo ou conteúdo amarelo, carregando nome, sinais e tampa na cor vermelha.

“Tanto Neutrox como Tratex adotaram em suas roupagens as tendências de mercado ditadas pela empresa líder da época, mantendo tais características em seus produtos desde os anos 1970, sem litígio, desvio de clientela ou confusão por parte do público consumidor – até porque tais marcas não se destinavam ao mesmo público, pois Neutrox se estabeleceu no Rio de Janeiro e Tratex, em São Paulo”, avaliou Moura Ribeiro.

Além disso, o relator concluiu que o caso se amolda perfeitamente ao instituto da supressio, pois o fato de a dona do Neutrox não ter se queixado durante todos esses anos pelo uso do conjunto-imagem que julga lhe pertencer acabou por extinguir seu eventual direito de apropriação.

REsp 1.726.804.

Fonte: STJ

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou o entendimento de que, nos termos do artigo 585, inciso III, do Código de Processo Civil de 1973 (CPC/1973), com a redação dada pela Lei 11.382/2006, o contrato de seguro de acidentes pessoais não é título executivo apto a embasar execução de indenização por invalidez decorrente de acidente. 

04/11/2022

Segundo o colegiado, a Lei 11.382/2006 suprimiu do artigo 585, inciso III, do CPC/1973 a parte que previa que o contrato de seguro, nessas situações, poderia ser título executivo extrajudicial. Os ministros explicaram que, em tais hipóteses, a indenização depende de seu reconhecimento prévio em processo de conhecimento.

Com base nesse entendimento, a Quarta Turma reformou acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que interpretou extensivamente o inciso III do artigo 585 do CPC/1973 e concluiu que o contrato de seguro com cobertura para invalidez poderia ser objeto de ação executória.

No caso dos autos, a cliente havia celebrado com a seguradora um contrato de seguro de vida, com cobertura também para invalidez. Após sofrer um acidente, a segurada, sob a vigência do CPC/1973, moveu ação de execução, utilizando o contrato como título executivo.  

Em julgamento de embargos à execução, o juízo considerou o contrato de seguro instrumento hábil para embasar a execução. A sentença denegatória dos embargos foi mantida pelo TJRS.

Somente contrato de seguro de vida é executado sem prévio processo de conhecimento  

O relator do recurso da seguradora, ministro Raul Araújo, comentou que, para garantir maior efetividade ao processo civil, especialmente ao de execução, o legislador retirou o contrato de seguro de acidentes pessoais do rol de títulos executivos extrajudiciais. A intenção clara do legislador, segundo o magistrado, foi restringir apenas ao contrato de seguro de vida a possibilidade de execução sem prévio processo de conhecimento.

Em hipóteses como a analisada nesse julgamento, o ministro afirmou que a invalidez e o valor indenizatório correspondente demandam produção de provas. Por isso, a parte interessada deve ingressar com ação de conhecimento, a fim de encontrar o valor correto da indenização, o qual, posteriormente, poderá ser submetido ao cumprimento de sentença. 

Raul Araújo observou que, para parte da doutrina, se houvesse morte decorrente do acidente, o contrato de seguro de acidente pessoal poderia ser tomado como título executivo extrajudicial para embasar a execução, sem a necessidade do anterior processo de conhecimento. No entanto, ele disse que, no caso dos autos, o contrato de seguro não estipulava indenização se ocorresse morte em decorrência de um acidente pessoal, e o pedido da segurada é o pagamento de indenização por invalidez – não havendo, assim, executividade do contrato.

“As alegações, portanto, da ora recorrente, de que a cobertura de invalidez por acidente demanda apuração e acertamento em juízo por diligências complexas e de resultado incerto, coincidem com a mens legis, no sentido de que não mais tem certeza, liquidez e exigibilidade o contrato de seguro de acidentes pessoais de que resulte incapacidade”, concluiu o ministro ao reformar o acórdão do TJRS para julgar procedentes os embargos à execução.

REsp 1.659.768.

Fonte: STJ

Os ministros conservadores da Suprema Corte dos Estados Unidos indicaram que poderão anular os precedentes que sacramentaram as cotas raciais como um dos fatores para ingresso nas faculdades e universidades do país, durante a primeira audiência para debater dois casos em que os autores das ações pedem a extinção da “ação afirmativa” (affirmative action), que criou os “programas de admissões conscientes de raça”.

4 de novembro de 2022

Uma das ações na Suprema Corte trata das cotas raciais na Universidade de Harvard
Reproduçã
o

Uma das ações contesta o programa da Universidade da Carolina do Norte com a alegação de que ele privilegia estudantes negros e latinos, em detrimento de brancos e asiáticos. A outra ação contesta o programa da Universidade de Harvard, que alegadamente prejudica estudantes asiáticos.

Essa será uma decisão que vai afetar toda e qualquer instituição de ensino superior que queira promover a diversidade em seu câmpus, além dos estudantes beneficiários. A maioria conservadora da corte acha que a busca da diversidade não é mais uma razão suficiente para permitir preferências raciais nas faculdades e universidades do país, segundo os jornais Washington Post e New York Times.

Os ministros tinham algumas perguntas aos advogados das duas partes e uma, em especial, que fizeram repetidamente aos defensores das universidades e do Estado: “Até quando?” — ou até quando as cotas raciais vai existir?

Os ministros lembraram a decisão de 2003, em Grutter v. Bollinger, em que a então ministra Sandra Day O’Connor escreveu que as cotas raciais provavelmente não seriam mais necessárias em 25 anos. A ministra Amy Barrett perguntou aos advogados das universidades se eles voltariam à corte na década de 40 para defender novamente o programa, se ele for estendido. O presidente da corte, ministro John Roberts, disse: “Não sei como vocês podem dizer que esse programa irá terminar um dia”.

O último precedente é de 2016, quando a Suprema Corte decidiu manter o programa de admissão consciente de raça da Universidade do Texas, declarando que a diversidade educacional tem um interesse irrefutável, que justifica levar em consideração a raça como um fator entre muitos em decisões de admissão. O ex-ministro Antony Kennedy observou que as cortes devem dar às universidades liberdade de ação substancial, mas não total, para estabelecer seus programas de admissão.

Os ministros também debateram com os advogados quão ampla deveria ser a decisão e o que ela pode significar para as principais universidades do país, para as quais se valer apenas de boas notas e de testes pode resultar em uma redução dramática da presença de estudantes negros e latinos em seu corpo estudantil.

Roberts disse ao advogado de Harvard, Seth Waxman, que se preocupa com um sistema em que um estudante tem melhores chances de admissão com base apenas na cor de sua pele. Waxman respondeu que ser negro, latino ou asiático é um fator com um certo peso na balança, da mesma forma que ser um músico que toca oboé, de que a orquestra da universidade está precisando, pode ser um fator. Na verdade, há outros fatores que pesam, como é o caso de estudantes que se destacam em algum esporte.

O ministro conservador Clarence Thomas, que é negro, mas é um crítico constante de políticas conscientes de raça, deixou clara sua rejeição ao objetivo de diversidade racial no corpo estudantil. “Eu ouvi a palavra diversidade muitas vezes, mas não tenho a menor ideia sobre o que ela significa”. Quando o advogado começou a explicar, ele o cortou: “Não dou importância a isso porque já ouvi argumentos similares em favor da segregação também”.

O ministro Samuel Alito disse que o programa de cotas raciais é um jogo de perde-ganha: “Qualquer vantagem dada a um estudante significa, automaticamente, uma desvantagem para outro”, ele afirmou. “É como você dar alguns metros de vantagem para alguns em uma corrida”, completou.

Outra corrente
As três ministras liberais da Suprema Corte defenderam as cotas raciais. A ministra Sonia Sotomayor argumentou que, sem elas, os estudantes negros e latinos começam a corrida citada por Alito muitos metros atrás.

“Se você é negro, você estudou em escolas sem recursos, com professores não tão qualificados como os de outras escolas, tem de enfrentar discriminação constantemente, vem de uma família sem recursos e é visto como um estudante com menor potencial acadêmico. O que as universidades estão fazendo é avaliar todos os fatores para colocar os estudantes em igualdade no ponto de partida”, ela disse.

A ministra Ketanji Brown Jackson, a primeira mulher negra da corte, declarou estar preocupada: “Se a universidade pode levar em conta e atribuir valor a outros fatores e características pessoais dos estudantes, mas não pode considerar a raça, isso tem o potencial de causar mais problemas à questão da proteção igual do que realmente ser uma solução”.

Ela se referia ao argumento dos autores das ações de que a cláusula da proteção igual da 14ª Emenda da Constituição é cega em termos de cores, o que se aplicaria à Universidade de Carolina do Norte, que é pública. E de que a Lei dos Direitos Civis de 1964 proíbe discriminação racial, exclusão ou negativa de benefícios por qualquer programa ou atividade que receba assistência financeira federal, o que se aplicaria à Harvard.

A ministra Elena Kagan se disse preocupada com “um declínio acentuado de admissões de minorias” se a corte decidir extinguir as cotas raciais no ensino superior. “As universidades são as criadoras de lideranças em nossa sociedade”, ela disse. E perguntou aos advogados: “Se um ministro quiser contratar uma equipe diversificada de auxiliares, com a questão racial em mente, ele pode?”.

Segundo os jornais, ela se referia especificamente ao ministro conservador Brett Kavanaugh, que se orgulha de ter contratado uma das equipes mais diversificadas da corte: dos 20 auxiliares que empregou, apenas três são brancos.

Os jornais apontam para “uma nota de ironia” na provável extinção das cotas raciais pela Suprema Corte, que rejeita o argumento da diversidade: com quatro mulheres, duas pessoas negras e uma latina, essa é a corte mais diversificada da história, pelo menos pelas medidas dessas características demográficas.

O processo movido por estudantes americanos descendentes de asiáticos contesta o fato de eles serem selecionados com base em fatores subjetivos — e não com base em desempenho escolar ou testes, nos quais eles se saem muito bem. Há um número limitado de vagas para asiáticos e eles são classificados com base em características pessoais, tais como carisma, amabilidade, coragem, integridade e empatia.

*Por João Ozorio de Melo – correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.

Revista Consultor Jurídico, 4 de novembro de 2022, 9h51

Dos 2.147.600 empregos gerados no Brasil, entre janeiro e setembro, 229.437 foram no hub setorial e 14.262 especificamente no setor de eventos, representando, respectivamente, um crescimento de 10,7% e 0,7%.

Postado em 04 de Novembro de 2022

O segmento de eventos de cultura e entretenimento continua em franca recuperação no país. Dos 2.147.600 empregos gerados no Brasil, entre janeiro e setembro, 229.437 foram no hub setorial e 14.262 especificamente no setor de eventos, representando, respectivamente, um crescimento de 10,7% e 0,7% na participação relativa do setor na geração de vagas de trabalho. Os índices constam do Radar Econômico, levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência.

O hub setorial do segmento no país abrange 52 áreas (hospedagem, agências de turismo, empresas de segurança etc) e envolve 6,2 milhões de pessoas, entre empregadores, empregados e microempreendedores individuais (MEIs). De acordo com o Radar Econômico, há, em 2022, 47.621 empregos registrados a mais do que em 2019 (período anterior à pandemia), um crescimento de 1,4%.

Entre janeiro e setembro foram criados 14.262 novos empregos nas cinco atividades (core business) do setor de eventos: Atividades de organização de eventos, Atividades artísticas, criativas e de espetáculos, Atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental, Atividades de recreação e lazer e Produção e promoção de eventos esportivos. Esse resultado é 337% maior que o total de igual período do ano anterior, quando foram registrados 3.265 novos empregos.  No ano de 2021, foram criadas 9.561 vagas. 

Consumo O Radar Econômico da ABRAPE aponta, também, que houve crescimento de 4,5% no consumo do setor de recreação entre janeiro e setembro de 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Alcançou R$ 73.4 Bilhões, resultado ainda inferior ao período anterior a pandemia em -4,9%. No entanto, a estimativa de consumo segue em crescimento ao atingir o décimo primeiro mês consecutivo de alta. Em setembro houve elevação de 2,4%, passando de R$ 8.59 bilhões para R$ 8.79 bilhões.

“Os índices revelam a eficácia dos programas de auxílio ao segmento implementados em decorrência da pandemia como o PERSE e a capacidade do segmento de rapidamente gerar empregos e movimentar a economia em todo o país”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.

Sobre a ABRAPE

Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE tem, atualmente, mais de 750 associados, sediados em todos os Estados da Federação, que são verdadeiros expoentes nacionais na oferta de empregos diretos e indiretos e na geração de renda, movimentando bilhões de reais anualmente. A entidade congrega as principais lideranças regionais e nacionais do segmento, tem no portfólio de associados empresas como a Live Nation, Opus Entretenimento, T4F e mega eventos, como o Festival de Verão de Salvador e a Festa do Peão de Boiadeiros de Barretos.

Fonte: Doreni Caramori Júnior – ABRAPE

92% das vítimas não têm relação com empresas denunciadas

Publicado em 04/11/2022

O canal para denúncias de telemarketing abusivo, em 100 dias de funcionamento, registrou 26.674 mil atendimentos de pessoas incomodadas por esse tipo de serviço. Criada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), a plataforma visa atender queixas das pessoas que não autorizaram empresas a ligar para suas casas, oferecendo produtos ou serviços.

Do total das denunciantes, 92% afirmaram não ter relação com as empresas, ou seja, não contrataram nenhum serviço. Além disso, 99% declararam não haver concedido permissão para a empresa oferecer produtos e serviços via telefone.

Segundo a Senacon, o canal é de amplitude nacional e Minas Gerais é o estado que apresenta maior número de denúncias: 8.800. Em seguida, aparecem São Paulo e Rio de Janeiro, com 6,3 mil e 1,1 mil, respectivamente. Bancos e operadoras de celular e TV por assinatura lideram as denúncias.

Atenda, identifique e denuncie

Para denunciar, o consumidor deve preencher o formulário eletrônico com a data e o número de origem da chamada com DDD (se houver), o nome do telemarketing ou qual empresa ele representa e se foi dada a permissão para oferta de produtos e serviços.     

As denúncias serão investigadas pela Senacon e encaminhadas aos Procons para análise e eventual abertura de processo administrativo pela prática abusiva.

*Com informações da Senacon

Por Agência Brasil* – Brasília