11 de fevereiro de 2022

A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça entendeu que, havendo cumulação simples de pedidos de litisconsortes facultativos, caso o provimento da apelação da parte contrária atinja apenas a pretensão de um deles, deverão ser fixados honorários recursais em relação aos pedidos autônomos dos demais autores, que se mantiveram intactos após o julgamento de segunda instância.

Para Nancy Andrighi, o réu comtestou sua responsabilizacao em relacao a todos os autores

O recurso julgado se originou de ação na qual o juízo de primeiro grau condenou a ré a pagar R$ 15 mil por danos morais a cada um dos três autores em litisconsórcio, bem como custas e honorários de 10% sobre o valor da condenação. Os pedidos de indenização se baseavam no mesmo fato, mas tinham fundamentos específicos.

O tribunal estadual, acolhendo parcialmente a apelação da ré, reduziu para R$ 5 mil os danos morais devidos a um dos autores. A condenação em custas e honorários foi mantida nos termos da sentença.

Em recurso especial, o advogado dos autores alegou que seriam devidos honorários recursais quando a apelação da parte vencida fosse provida apenas para reduzir a indenização concedida a um dos litisconsortes ativos, sendo mantidos ou majorados os valores para os demais.

A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, apontou que a jurisprudência do STJ não admite a fixação de honorários recursais em favor do advogado do vencedor na hipótese em que a apelação é provida parcialmente, apenas para reduzir o valor da condenação, tendo em vista que o artigo 85, parágrafo 11, do CPC/2015 exige a inadmissão ou o desprovimento integral do recurso como condição para a verba honorária recursal.

No entanto, no caso em julgamento, a magistrada observou que os três autores em litisconsórcio, a partir de um fato comum, formularam pedidos de indenização independentes entre si, baseados, cada qual, em razões diferentes. Segundo ela, ficou caracterizada a cumulação simples de pedidos, em que “o destino das respectivas pretensões é absolutamente individual, independente e autônomo”.

Os pedidos ajuizados cumulativamente em litisconsórcio ativo facultativo simples, esclareceu a relatora, poderiam ter sido objeto de três ações distintas, mas houve uma única ação “porque a legislação assim autoriza, em observância aos princípios da economia processual, da celeridade e da razoável duração do processo”.

Nancy Andrighi apontou que a autonomia e a independência dos pedidos cumulativamente formulados têm reflexo na fase recursal, pois, ainda que haja uma única apelação contra a sentença que julgou procedentes os pedidos dos autores, o resultado do julgamento do recurso deve ser individualizado.

A ministra observou que, na apelação, a ré contestou a sua responsabilização civil em relação a todos os autores e, subsidiariamente, pediu a redução das três indenizações. O recurso foi parcialmente provido no tocante a um dos autores e integralmente desprovido em relação aos outros dois.

Segundo a relatora, diante da sentença que julgou procedentes todos os pedidos, a ré poderia, a seu livre-arbítrio, impugnar toda a condenação ou apenas parte dela, em relação a apenas um ou a alguns dos autores.

Como optou por impugnar toda a sentença, a ré “assumiu o risco de que o seu recurso viesse a ser integralmente desprovido em relação a algum ou alguns dos litisconsortes facultativos simples, o que confirma a incidência, nessa hipótese, dos honorários advocatícios recursais” — concluiu a magistrada ao elevar os honorários, de 10% para 15%, em relação às duas condenações que não foram reduzidas em segundo grau. 
REsp 1.954.472

Com informações da assessoria de imprensa do STJ.

Em dezembro, índice apresentou alta de 0,33%

Publicado em 11/02/2022

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) apresentou alta de 0,33% em dezembro de 2021, de acordo com dados divulgados hoje (11) pelo Banco Central (BC). O BC informou que, na comparação com dezembro de 2020, o índice apresentou alta de 1,30%, considerando os dados dessazonalizados (ajustados para o período). A taxa chegou a 139,73 pontos. No acumulado do ano, o IBC-Br ficou em 4,5%.

O índice, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 10,75% ao ano.

O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria, o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos. Segundo o BC, o IBC-Br terminou o quarto trimestre do ano com variação positiva de 0,01% na comparação com o período compreendido entre julho e setembro, também considerando os dados dessazonalizados.

O resultado de 4,5% para o ano está abaixo da expectativa do governo, que projetou um crescimento do PIB de 5,1% em 2021. O resultado, porém, está em linha com a revisão dos dados do PIB feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Por Agência Brasil – Brasília

Kamila Valieva faturou ouro após executar saltos quádruplos na segunda

Publicado em 11/02/2022

A adolescente sensação da patinação artística Kamila Valieva testou positivo em exame antidoping antes de conquistar medalha de ouro na Olimpíada de Inverno de Pequim, e autoridades olímpicas vão contestar a decisão da Rússia de deixá-la competir nos Jogos, disse a Agência Internacional de Testes (ITA) nesta sexta-feira (11)

A medalha de ouro da jovem de 15 anos e o futuro da Olimpíada agora estão em jogo enquanto o Comitê Olímpico Internacional (COI) tenta marcar posição sobre o doping russo.

A patinadora é uma das atletas olímpicas mais jovens a testar positivo para uma substância proibida e muitos torcedores ao redor do mundo expressaram indignação sobre como ela passou a ter uma droga proibida para angina em seu corpo.

“É uma pena, e os adultos responsáveis ​​deveriam ser banidos do esporte para sempre!!!”, afirmou a estrela da patinação artística alemã Katarina Witt no Facebook. “O que eles fizeram com ela conscientemente, se for verdade, não pode ser superado em desumanidade e faz meu coração de atleta chorar infinitamente.”

Atletas russos estão competindo em Pequim sem sua bandeira e hino nacional por causa de sanções contra a Rússia por violações anteriores. A Rússia reconheceu algumas deficiências na implementação das regras antidoping, mas nega a execução de um programa de doping patrocinado pelo Estado.

Um desafiador Kremlin disse nesta sexta-feira (11) estar convencido de que o teste de drogas positivo de Valieva foi um “mal-entendido”.

“Mantenha a cabeça erguida, você é russa”, pediu o porta-voz de Moscou, Dmitry Peskov, a Valieva em uma teleconferência com repórteres. “Vá com orgulho e vença todos.”

Valieva protagonizou um dos destaques dos Jogos de Inverno ao realizar os primeiros saltos quádruplos de uma mulher em uma competição olímpica na segunda-feira (7).

Seu sonho olímpico, no entanto, se transformou em um pesadelo nesta sexta-feira (11), quando o ITA revelou publicamente que ela havia testado positivo para a droga proibida para angina Trimetazidina em uma amostra de urina coletada pelas autoridades russas no campeonato nacional em São Petersburgo em 25 de dezembro.

O laboratório de testes em Estocolmo, na Suécia, informou na terça-feira (8) que sua amostra foi positiva, um dia depois que ela impressionou o mundo com seus saltos quádruplos únicos e ajudou a ganhar o ouro para sua equipe, que está competindo como Comitê Olímpico Russo (ROC).

Não ficou imediatamente claro por que houve tanto atraso entre o teste e o resultado, o que lhe permitiu viajar para Pequim e participar do primeiro de seus dois eventos.

O COI disse que o tratamento deste caso se deu inicialmente com as autoridades russas de testes e depois com o laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) na Suécia.

A Agência Antidoping Russa (Rusada) não respondeu às perguntas da Reuters.

A principal autoridade antidoping dos Estados Unidos, Travis Tygart, que desvendou a operação de doping do ciclista norte-americano Lance Armstrong, expressou solidariedade por Valieva, mas disse que os EUA podem usar novas leis para processar pessoas ao seu redor.

“Atletas limpos merecem mais, e essa pobre jovem merece mais”, disse Tygart, chefe da Agência Antidoping dos EUA (Usada), à Reuters na sexta-feira. “Ela está sendo castigada [por doping] pelo sistema estatal russo.”

Por Reuters* – Pequim

Fonte: Agência Brasil*

Servidores públicos e militares de saúde e segurança são beneficiados

Publicado em 10/02/2022

O Senado aprovou hoje (10) projeto de lei (PL) que devolve a contagem, para fins de tempo de serviço, do período da pandemia da covid-19 dos servidores públicos civis e militares das áreas de saúde e de segurança pública. O texto altera a Lei Complementar 173/2020, que suspende para os servidores essa contagem no período de 28 de maio de 2020 a 31 de dezembro de 2021. O PL aprovado hoje retira essas categorias da suspensão.

Ao aprovar o projeto que deu origem à lei complementar, o Congresso havia previsto exceção para algumas categorias, como servidores da saúde e da segurança. O trecho, no entanto, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro e o veto acabou sendo mantido pelo Congresso. Para o relator, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), a retirada desse direito foi injusta.

“Os servidores que atuaram na linha de frente do combate à pandemia, em especial os servidores da saúde e da segurança pública, trabalharam e arriscaram suas vidas entre 28 de maio de 2020 até 31 de dezembro de 2021, sem receber anuênios, triênios, quinquênios e licenças-prêmio, e sem que o tempo trabalhado contasse para o período aquisitivo desses direitos”, argumentou Silveira em seu relatório.

A exceção prevista no projeto valerá para os servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O projeto também deixa claro que a regra não valerá para o pagamento de atrasados devido à contagem do tempo no período e prevê o retorno do pagamento em 1º de janeiro de 2022. O projeto segue para sanção presidencial.

*Com informações da Agência Senado

Fonte: Agência Brasil*

Matéria será enviada agora à sanção presidencial

Publicado em 10/02/2022

O plenário da Câmara dos Deputados concluiu hoje (10) a votação da Medida Provisória (MP) 1.067/21, que define regras para a incorporação obrigatória de novos tratamentos pelos planos e seguros de saúde. A aplicação dos novos tratamentos será garantida no caso de a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não cumprir o prazo para decidir sobre o tema. O texto segue agora para sanção presidencial.

Os deputados mantiveram as alterações feitas no texto pelo Senado, em relação ao prazo para a ANS concluir a análise do processo de inclusão desses procedimentos e medicamentos na lista dos obrigatórios.

O texto aprovado no Senado e mantido pela Câmara prevê que a agência reguladora terá prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. A versão anterior determinava prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60.

Segundo a relatora da medida provisória, deputada Silvia Cristina (PDT-RO), com a ampliação, o prazo fica em conformidade com o tempo disponível para a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que faz as avaliações no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e dispõe do prazo de 180 dias para análise semelhante.

A MP determina que medicamentos de uso oral e domiciliar contra o câncer, inclusive aqueles com tratamento iniciado na internação hospitalar, sejam fornecidos obrigatoriamente pelos planos de saúde.

Os deputados também mantiveram a parte do texto que determina que os processos de atualização da lista de procedimentos e tratamentos contra o câncer sejam concluídos em 120 dias, contados da data em que foi protocolado o pedido e prorrogáveis por 60 dias corridos quando as circunstâncias o exigirem.

Porém, os deputados retiraram do texto a parte que previa a hipótese de rejeição da incorporação dos tratamentos, quando o produto for aprovado pela Conitec, mas estiver indisponível aos prestadores de serviço de saúde suplementar, “ou caso exista outro impedimento relevante para sua incorporação”.

“Essa medida abriria a possibilidade de a ANS rejeitar a incorporação de produtos já aprovados no âmbito do Sistema Único de Saúde, com base em um critério altamente subjetivo de “outro impedimento relevante”, disse a deputada.

Foi rejeitada ainda emenda aprovada no Senado que proibia reajustes dos planos de saúde fora dos prazos definidos na Lei 9.656/98, sob o pretexto de equilibrar financeiramente os contratos em razão da incorporação de procedimentos e tratamentos na lista de cobertura obrigatória.

A relatora justificou a exclusão com o argumento de que a regulamentação prevê que esse tipo de aumento só pode ocorrer uma vez por ano. “A mudança é desnecessária, já que o reajuste por aumento de custos só pode ser realizado uma vez por ano”, disse Silvia Cristina.

Apreensão de veículos usados no tráfico

Os deputados aprovaram ainda o Projeto de Lei n° 2.114/2019, que trata da alienação de veículos usados no tráfico de drogas ilícitas. O texto aprovado prevê apreensão de veículos usados em crimes relacionados ao tráfico de drogas, mesmo que tenham sido adquiridos de forma legal.

A apreensão deverá ser imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente.

A proposta, entretanto, ressalva o interesse de terceiros, como locadoras de veículos ou os donos de carros roubados para prática habitual, ou não, de tráfico de drogas e determina que o bem deve ser devolvido se ficar comprovada a boa-fé do proprietário.

Em razão de um acordo, o texto vai à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para elaboração da redação final.

Por Agência Brasil – Brasília

O tema tramitava no Congresso desde 2019

Publicado em 10/02/2022

O Congresso Nacional promulgou, hoje (10), em sessão solene, a emenda à Constituição que torna a proteção de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, um direito fundamental. O tema tramitava no Congresso desde 2019. Teve origem no Senado, onde foi aprovado, e foi para a análise da Câmara dos Deputados, onde sofreu alterações e voltou para nova apreciação do Senado, o que ocorreu no fim de outubro do ano passado.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a adaptação da legislação brasileira aos novos tempos, de informações circulando digitalmente em um ritmo muito intenso. Nesse cenário, ele ressaltou a necessidade de garantir a privacidade das pessoas. “O novo mandamento constitucional reforça a liberdade dos brasileiros, pois ele vem instalar-se em nossa Constituição em socorro da privacidade do cidadão. Os dados, as informações pessoais, pertencem, de direito, ao indivíduo e a mais ninguém”, disse.

“Cabe a ele, tão somente a ele, o indivíduo, o poder de decidir a quem esses dados podem ser revelados e em que circunstâncias, ressalvadas exceções legais muito bem determinadas, como é o caso de investigações de natureza criminal realizadas com o devido processo legal”, acrescentou Pacheco.

Agora, a proteção de dados se incorpora à Constituição como uma cláusula pétrea, ou seja, não pode ser alterada. Os direitos fundamentais são considerados valores inerentes ao ser humano, como sua liberdade e dignidade. Dentre os direitos fundamentais garantidos na Constituição, estão a livre manifestação de pensamento; a liberdade de crença; e a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e imagem das pessoas.

A emenda promulgada hoje leva ao texto constitucional os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A LGPD disciplina o tratamento de dados pessoais em qualquer suporte, inclusive em meios digitais, realizado por pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou de direito privado, com o objetivo de garantir a privacidade dos indivíduos.

Quando passou pela Câmara, os deputados incluíram no texto um dispositivo que atribui à União as competências de organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, de acordo com a lei. Já constava no texto a previsão da competência privativa da União para legislar sobre a matéria.

“Estamos defendendo direitos que antes eram absolutos, direito à intimidade, à vida privada. Esse mundo da internet se volta contra nós mesmos. Ora somos vítimas do crime, ora somos vítimas do mercado”, acrescentou a senadora Simone Tebet (MDB-MS), relatora da proposta no Senado, à época da primeira passagem do texto pela Casa.

Por Agência Brasil – Brasília

Alterar destinação pode ajudar a enfrentar covid-19, dizem senadores

Publicado em 10/02/2022

O Senado aprovou hoje (10) projeto de lei (PL) que permite alterar a função social de um edifício ou unidade imobiliária com a aprovação de dois terços dos condôminos. Assim, caso dois terços dos condôminos aprovem, a mudança da destinação de um imóvel de residencial para comercial poderia ocorrer. Atualmente, isso só é possível com aprovação unânime dos condôminos. O projeto segue para análise da Câmara.

Segundo o autor do projeto, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), o regulamento atual prejudica a vontade da maioria em prevalência do desejo de apenas um condômino. Na justificativa, Portinho diz que tal poder de veto “afetaria não apenas os interesses particulares dos condôminos, mas igualmente os interesses públicos relativos ao urbanismo. A alteração de uso seria uma decorrência natural das oscilações do mercado imobiliário, permitindo que a oferta acompanhe a demanda”.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) ponderou no sentido oposto, mostrando-se mostrou preocupado com os condôminos que, minoritários, possam ver o imóvel que adquiriram mudar de destinação contra sua vontade, de residencial para comercial, ou vice-versa. “Daqui a pouco, os prédios podem alterar a destinação, complicando as pessoas que compraram em outra condição”, disse Izalci.

Na tribuna, o autor do projeto esclareceu a Izalci que a vontade dos condôminos não se sobreporá aos planos diretores das cidades, nem às leis de zoneamento, que restringem determinados usos para os imóveis urbanos — por exemplo, vedam comércio em bairros exclusivamente residenciais.

Tanto o autor do projeto quanto o relator, senador Carlos Viana (MDB-MG), citaram a pandemia de covid-19 para reforçar a necessidade de adaptação da destinação dos imóveis para o enfrentamento da nova realidade.

“A adoção do home office como instrumento de trabalho acabou por esvaziar muitos edifícios de escritórios, ao mesmo tempo em que aumentou a demanda por áreas residenciais. Nesse contexto, a mudança de uso de edifícios como um todo, ou de determinadas unidades de um único edifício, é medida que atende a um novo equilíbrio entre oferta e demanda e viabiliza o aproveitamento eficiente tanto da edificação quanto da infraestrutura urbana existente na região”, afirmou Viana em seu relatório.

*Com informações da Agência Senado

Por Agência Brasil – Brasília

Vice-presidente Mourão e outros generais participaram de solenidade

Publicado em 10/02/2022

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, esteve presente à solenidade que marcou o centenário da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro. Também estiveram presentes o ministro da Defesa, general Braga Netto, e o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, entre outras autoridades.

Localizada no bairro da Urca, dentro da Fortaleza de São João, a escola é responsável por especializar oficiais em educação física e desportos, treinar oficiais médicos em medicina esportiva e capacitar sargentos para o exercício das funções de monitor de educação física, entre outras atribuições.

Na área esportiva, muitos atletas importantes passaram pelos quadros da EsEFEx, como o capitão Cláudio Coutinho, que foi preparador físico da seleção brasileira de futebol que conquistou a copa do mundo de 1970 e posterior técnico do time em 1978 e treinador do Flamengo; os sargentos Adhemar Ferreira da Silva e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, medalhistas olímpicos no atletismo. O presidente Jair Bolsonaro também passou pela escola, tendo sido o primeiro colocado da turma de 1982.

Fornatura e celebração dos 100 anos da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca.

Fornatura e celebração dos 100 anos da Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca. – Fernando Frazão/Agência Brasil


As instalações da escola também foram utilizadas para o treinamento das enfermeiras voluntárias que participaram da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, de seleções brasileiras de futebol, voleibol, atletismo, além de equipes nacionais das diversas modalidades.

A EsEFEx, no contexto nacional, teve papel importante na área do conhecimento da educação física, tendo sido a primeira instituição a praticar um ensino metódico e racional. Foi referência, por anos, aos professores e pesquisadores, lançando a Revista de Educação Física, para propagar os novos conhecimentos e métodos de ensino e de treinamento físico que os militares desenvolviam ou traziam do exterior.

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

Mais de 100 mil militares estão nas fronteiras, segundo o Pentágono

Publicado em 10/02/2022

Embora nos últimos dias, depois das negociações com o ocidente, tanto Kiev quanto Moscou tenham mostrado disposição para conversações, com o objetivo de pôr fim à crescente tensão e evitar conflito, o Kremlin parece não dar trégua à escalada nas fronteiras da Ucrânia. As Forças Armadas da Rússia e da Bielorrússia deram início, nesta quinta-feira (10) a exercícios militares conjuntos – situação que não atenua o receio de possível invasão russa do território ucraniano e que os Estados Unidos (EUA) creem que seja uma forma de reforçar a presença militar nas fronteiras.

“Continuamos a observar, inclusive nas últimas 24 horas, capacidades suplementares chegando de outras regiões da Rússia em direção à fronteira da Ucrânia e Bielorrússia”, afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, 

Segundo ele, já estão nas fronteiras “mais de 100 mil” militares. Vladimir Putin “continua a reforçar sua capacidade militar”, acrescentou Kirby, destacando que essa intervenção “continua a desestabilizar, o que já é uma situação muito tensa”.

Com o início dos exercícios militares conjuntos da Rússia e Bielorrússia, Moscou colocou em território bielorrusso um arsenal de 30 mil militares, dois batalhões de sistemas de mísseis terra-ar S-400 e vários aviões-caça. Entretanto, Kiev já respondeu, ordenando a realização de exercícios militares em resposta a essa ameaça, no momento em que se abre mais uma frente na guerra civil no leste da Ucrânia.

Valery Gerasimov, chefe das Forças Armadas da Rússia, chegou nessa quarta-feira (9) à Bielorrússia e será responsável por supervisionar os exercícios militares, que vão decorrer ao longo dos próximos dez dias. Segundo a Reuters, imagens de satélite mostram que grande parte do arsenal russo foi colocado na fronteira bielorrussa com a Ucrânia.

Exercícios militares

À semelhança dos Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também acredita que as ações são pretexto para a Rússia aumentar a presença militar na região, considerando que Kiev, a capital ucraniana, fica a apenas 200 quilômetros da fronteira com a Bielorrússia.

O Kremlin, no entanto, continua a negar a intenção de invadir a Ucrânia e garante retirar os militares da Bielorrússia quando concluídos os exercícios, denominados Allied Resolve. O objetivo, segundo o vice-ministro da Defesa da Rússia, Aleksandr V. Fomin, é “desenvolver diferentes opções para neutralizar conjuntamente as ameaças e estabilizar a situação nas fronteiras”.

Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, há, atualmente, mais de 127 mil soldados russos posicionados perto das fronteiras ucranianas, cercando toda a região norte do país. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirma que o número de militares russos na Bielorrússia é “a maior movimentação russa desde a Guerra Fria”.

“Estima-se que sejam mais de 30 mil soldados, além de membros de operações especiais, caças, sistemas de defesa antiaérea e mísseis de capacidade nuclear”, diz Stoltenberg em comunicado. 

O líder da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, é aliado do presidente russo, Vladimir Putin. Em 2020, o Kremlin apoiou Lukashenko, após eleição que gerou protestos e confrontos violentos.

“Lukashenko não será capaz de resistir a dar território bielorrusso para quaisquer fins que a Rússia precise, seja para treinar, usar instalações militares bielorrussas, bases aéreas, talvez até mesmo o sistema de defesa aérea”, disse Artyom Shraibman, analista político bielorrusso, ao Guardian.

À BBC, um porta-voz do Kremlin justificou os exercícios conjuntos, alegando que tanto a Rússia quanto a Bielorrússia estão enfrentando “ameaças sem precedentes”.

O embaixador da Rússia na União Europeia, Vladimir Chizhov, afirmou à emissora britânica que o país ainda acredita que a diplomacia pode ajudar a diminuir a crise na Ucrânia.

Esforços diplomáticos

Os esforços diplomáticos para atenuar o clima de tensão entre o ocidente e Rússia, suscitado pelos receios europeus e norte-americanos em relação à potencial invasão russa da Ucrânia, prosseguem hoje, em nova jornada de negociações e de reuniões em várias frentes e diferentes níveis. Depois de Paris, em janeiro, Berlim sedia nesta quinta-feira, nova reunião de conselheiros políticos do Formato Normandia (Rússia, Ucrânia, Alemanha e França).

Na segunda-feira (7), o presidente francês, Emmanuel Macron, encontrou-se, em Moscou, com o seu homólogo russo e, no dia seguinte, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev. Macron assegurou ter recebido promessas de Putin de que não haveria “escalada” militar.

Ontem, a Casa Branca adiantou, em nota, que Joe Biden entrou em contato com Macron para saber o resultado dos encontros com Putin e Zelensky.

“Falaram sobre tentativas diplomáticas e de dissuasão, realizadas em contato próximo com os nossos aliados e parceiros, em resposta à presença de militares russos nas fronteiras da Ucrânia”, diz o documento.

Segundo a porta-voz de Biden, Jen Psaki, a Rússia “caminha em direção a uma escalada e não o contrário”.

Também o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estará hoje em Bruxelas e depois em Varsóvia, em atividade diplomática de apoio aos aliados da Otan.

Por RTP* – Moscou

Fonte: Agência Brasil

Arroz, milho e soja representam 93% da estimativa da produção

Publicado em 10/02/2022

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar o recorde de 271,9 milhões de toneladas, 7,4% acima (18,7 milhões de toneladas) da obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola divulgado hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a área a ser colhida é de 71,2 milhões de hectares, 3,8% (2,6 milhões de hectares) maior que a de 2021 e 0,3% (217,2 mil hectares) maior do que o previsto em dezembro.

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 93% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida. Frente a 2021, houve acréscimos de 5,8% na área do milho (6,9% na primeira safra e 5,4% na segunda), de 7,2% na do algodão herbáceo e de 3,6% na da soja. Houve declínio de 0,9% na área do arroz e de 1,7% na do trigo.

Espera-se que a produção de soja totalize 131,8 milhões de toneladas, com redução de 4,7% em relação ao terceiro prognóstico, divulgado em janeiro, e de 2,3% na comparação com a produção do ano anterior. 

A produção de milho foi estimada em 109,9 milhões de toneladas, com crescimento de 0,9% frente ao mês anterior e 25,2% em relação a 2021. Já a estimativa de produção do arroz foi de 11 milhões de toneladas, queda de 4,9% frente ao produzido no ano passado.

Regiões

A região Nordeste foi a única a ter aumento (1,1%) em sua estimativa frente a dezembro. Ela deve produzir 24,4 milhões de toneladas (9% do total do país). O maior declínio foi no Sul (-5,7%), que deve somar 80,2 milhões de toneladas (29,5% do total). O Norte teve queda de 2,6% e deve chegar a 12 milhões de toneladas (4,4% do total), enquanto o Centro-Oeste, com declínio de 0,2%, deve produzir 128,4 milhões de toneladas, ou 47,2% da produção nacional. O Sudeste deverá produzir 26,8 milhões de toneladas (9,9% do total).

Entre os estados, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,5%, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,1%), Paraná (13,1%), Goiás (9,9%), Mato Grosso do Sul (8,5%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,3% do total nacional.

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação a dezembro, ocorreram no Piauí (267,9 mil toneladas), no Pará (179,5 mil toneladas), no Distrito Federal (35,3 mil toneladas), em Rondônia (35 mil toneladas), no Maranhão (5,4 mil toneladas) e no Rio de Janeiro (424 toneladas).

As principais variações negativas foram registradas no Paraná (-4 milhões de toneladas), em Santa Catarina (-860 mil toneladas), no Tocantins (-538,4 mil toneladas), em Mato Grosso (-336,3 mil toneladas) e no Ceará (-9,9 mil toneladas).

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro