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Fatores como flexibilização de políticas de prevenção a Covid-19 também colaboram para um cenário vantajoso.

Postado em 19 de Abril de 2022

Com a normalização do mundo pós pandemia, através da chegada das vacinas e a reabertura das fronteiras, o dólar segue em queda desde o início do ano. Esse fato estabelece um cenário animador para o turismo e também para aqueles que pretendem iniciar o planejamento de um processo imigratório e que cancelaram os planos, ou decidiram esperar por um cenário mais positivo.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, explica que essa retomada já está em curso, mas varia de acordo com as notícias veiculadas sobre a pandemia. “Espera-se que até o fim do ano, as viagens internacionais voltem a ter a mesma frequência que em 2019”, afirma.

O especialista recomenda que antes de iniciar o planejamento, que as famílias possam viajar algumas vezes até os Estados Unidos, para decidirem qual cidade irão morar. “Há muitos detalhes que envolvem uma mudança de país, principalmente quando os filhos fazem parte destes planos. Por isso, essas viagens “experimentais” são tão necessárias, para que todos possam entender a dinâmica que envolverá o novo lar, mas não esquecendo do tempo correto do visto e do propósito inicial”, aponta.

Mesmo que alguns detalhes como moradia, escola, contratação de serviços essenciais possa ser realizados pelas famílias, o advogado recomenda que todo o processo migratório seja realizado com a ajuda de um especialista. “É preciso se basear nas regras e leis. Quando se deseja ter uma casa própria, por exemplo, você sonha, planeja, trabalha, junta dinheiro e vai colocando todos os seus esforços e a motivação para adquirir aquele bem. O mesmo acontece com a imigração. Quando você cria muita expectativa, acaba imaginando somente as coisas boas que podem acontecer: começa a ter certeza do seu visto aprovado, de um bom trabalho, da sua família se adaptando perfeitamente, de uma casa maravilhosa.  Mas é importante saber que as coisas costumam ser diferentes”, alerta Toledo

Nem sempre o emprego vai ser perfeito ou tão pouco a adaptação poderá ocorrer de forma rápida. O idioma pode trazer desconforto, assim como a conversão da moeda, entre outras questões. “Como advogado, eu tento colocar essa conscientização para cada um dos nossos clientes e trazê-los para a realidade. A maioria cria uma expectativa muito alta, que pode ser até mesmo destrutiva, baseada num pensamento fixo que não pode nem acontecer”.

A maioria acredita que basta chegar ao país, montar uma empresa de limpeza, seja faxina ou manutenção de piscina, jardinagem, que são trabalhos simples e que o brasileiro tem certa facilidade em desenvolver. Mas na prática, não é bem assim que funciona. “Primeiro, porque a pessoa vai precisar de uma autorização de trabalho e se ela não tiver este documento, já está cometendo uma ilegalidade, por isso, empreender, de forma certa, é sempre o melhor caminho e o mais indicado”, destaca.

Além disso, é preciso tomar cuidado para o negócio pretendido não conflitar com as exigências do visto. “Por isso, antes de iniciar qualquer tipo de processo imigratório, a nossa equipe tem uma longa conversa com o cliente para que ele entenda quais são as possibilidades dele, no determinado país onde ele deseja ir”, esclarece Toledo.

Toledo reforça que ao contratar um profissional é importante buscar referencias desses profissionais, dos produtos que as empresas oferecem e ter noção se eles estão vendendo algo real ou a construção de uma expectativa. “Existem muitos fatores que precisam ser analisados. Muitos oferecem aquilo que se quer ouvir e se esquece de todos os requisitos”, aconselha o advogado.

O advogado encerra dizendo que existem diversas formas de entrar no país legalmente, mas a falta de informação se torna a ruína desses brasileiros “Geralmente advogados e processos de migração geram um gasto de 10 a 20 mil dólares. Enquanto coyotes cobram 30 mil para uma travessia de alto risco. Então isso mostra uma grande falta de informação por parte das pessoas que escolhem voluntariamente essa situação de risco”, finaliza.

Fonte: Jornal Jurid

Bolsa subiu 1,77%, refletindo mercados externos

Publicado em 17/03/2022

O dólar caiu pelo segundo dia consecutivo após os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos aumentarem os juros básicos. A bolsa de valores acompanhou os mercados internacionais e fechou em forte alta, apesar da queda nos papéis da Petrobras.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (17) vendido a R$ 5,034, com recuo de R$ 0,059 (-1,16%). A cotação chegou a operar em leve alta durante a manhã, mas consolidou a queda a partir das 11h30, até fechar próxima das mínimas do dia.

Nos últimos dois dias, a moeda norte-americana acumula queda de R$ 0,11. Na terça-feira (15), a divisa tinha fechado em R$ 5,15 em meio à correção de preço das commodities (bens primários com cotação internacional). As expectativas quanto às reuniões do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro também tinham criado instabilidade no início da semana.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pelo otimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 113.076 pontos, com alta de 1,77%. Influenciado pelo maior apetite internacional ao risco, o indicador retomou os níveis de uma semana atrás, quanto também estava na faixa dos 113 mil pontos.

A decisão do Fed de aumentar os juros básicos nos Estados Unidos em apenas 0,25 ponto percentual trouxe alívio global. Parte dos investidores temia que a alta da inflação nos Estados Unidos, no maior nível em 40 anos, e os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia fizessem a autoridade monetária norte-americana optar por um reajuste de 0,5 ponto. Um reajuste maior que o esperado estimularia a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

No Brasil, o mercado repercutiu a alta de 1 ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia). O Copom elevou a taxa para 11,75%, em linha com as previsões de mercado e indicou que pretende aumentar a Selic na mesma magnitude na próxima reunião, em maio.

Na bolsa de valores, o desempenho do mercado externo compensou a queda nas ações da Petrobras, os papéis mais negociados no Ibovespa. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionista) caíram 2,7% e os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 2,47% em meio a tensões sobre a manutenção da política de preços dos combustíveis praticada pela estatal.

* Com informações da Reuters

Por Agência Brasil* – Brasília