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Fiocruz vai participar do fórum de lideranças internacionais

Publicado em 23/05/2023

Instituições de diversos países do mundo estarão integrados por meio da Rede Internacional de Vigilância de Patógeno (IPSN, na sigla em inglês), iniciativa criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é melhorar os sistemas de coleta de amostras e compartilhar informações de maneira mais ampla. A expectativa é de que os dados obtidos possam ajudar na formulação de políticas e no processo de decisão.

Segundo nota divulgada pela OMS, a rede se baseia na genômica de patógenos, que analisa o código genético de vírus, bactérias e outras organismos causadores de doenças, com o objetivo de entender como as infecções são, quão fatais são e como elas se espalham. Estarão envolvidos especialistas de instituições governamentais, privadas, acadêmicas e filantrópicas, além de entidades sociedade civil.

“Os cientistas e os encarregados de saúde pública poderão identificar e rastrear as doenças para prevenir e responder a surtos como parte de um sistema mais abrangente de vigilância, além de desenvolver tratamentos e vacinas”, registra nota da OMS.

Fiocruz

O lançamento da rede ocorreu no último sábado (2). A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição científica brasileira vinculada ao Ministério da Saúde, é uma das integrantes da rede e esteve representada no evento pelo seu presidente Mário Moreira. Ele divulgou um vídeo onde comenta o assunto. 

“É um momento muito importante para a Fiocruz. Foi convidada a participar a partir da sua experiência no enfrentamento da pandemia de covid-19, mas também do acúmulo científico, tecnológico e até mesmo industrial que demonstrou durante esse processo. Estamos felizes e confiantes de que essa rede internacional rapidamente produzirá efeitos em escala global tornando o mundo mais preparado”, avaliou Moreira.

A Fiocruz irá compor o fórum de lideranças da rede. O IPSN receberá inicialmente recursos das instituições filantrópicas Rockefeller Foundation e Wellcome Trust e do governo alemão, mas buscará ampliar seus investimentos com a adesão de mais financiadores.

A iniciativa conta ainda duas linhas de ação: comunidades de práticas, que reúnem especialistas na área de dados genômicos e tem por objetivo criar protocolos, compartilhamento de dados e o desenvolvimento de ferramentas de dados que possam integrar os sistemas públicos de saúde; e aceleradores de países, para ampliar a capacidade de cooperação para o desenvolvimento de estruturas locais de vigilância genômica.

* Por Léo Rodrigues e Douglas Corrêa – Repórteres da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Fonte: Agência Brasil

Tanto camelos árabes (dromedários) quanto humanos podem transmitir o coronavírus MERS-CoV — um parente do coronavírus SARS-CoV-2 — que é conhecido por provocar a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). Segundo pesquisadores, a doença pode ser um potencial risco para a saúde durante a Copa do Mundo do Catar. No entanto, casos da covid-19 e Mpox (antiga varíola dos macacos) tendem a ser as principais preocupações.

29 de novembro de 2022

Independente de quais agentes infecciosos estão em mais evidência, grandes eventos criam o ambiente propícios para a transmissão de vírus e de doenças, como a covid-19, a Mpox e a MERS. Afinal, em menos de mês, cerca de 1,2 milhão de turistas irão viajar para o Catar, um país com a população estimada em 2,8 milhões.

Risco de doenças infecciosas na Copa do Mundo do Catar

“A Copa do Mundo de 2022 inevitavelmente apresenta riscos potenciais de doenças infecciosas para o país anfitrião (Catar) e também para países vizinhos e outros países devido ao risco de importação [de doenças infecciosas]”, explica grupo internacional de pesquisadores, incluindo membros da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Publicado na revista científica New Microbes and New Infections, o estudo alerta para o principal risco de uma alta de casos da covid-19 e da Mpox. No entanto, não descarta o possível risco da MERS, que acomete inicialmente o trato respiratório dos indivíduos.

A pedida é evitar contato com camelos
Camelos árabes (dromedários) podem transmitir a MERS durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar (Imagem: Tampatra/Envato)
Camelos árabes (dromedários) podem transmitir a MERS durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar (Imagem: Tampatra/Envato)

Por causa do potencial risco de MERS, os cientistas aconselham que indivíduos com comorbidades ou imunossuprimidos não interajam com dromedários no Catar. “As pessoas com maior risco de desenvolver doenças graves são aconselhadas a evitar o contato com dromedários, beber leite de camelo cru, ter contato com urina de camelo ou comer carne que não tenha sido devidamente cozida”, orientam.

Casos de MERS no Catar em 2022

Além dos pesquisadores, um relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) também inclui o risco de casos de MERS para os visitantes do Catar durante a Copa do Mundo, só que novamente o documento destaca como principais riscos a covid-19 e a Mpox.

Neste ano, a região do Catar e de Omã identificou três casos de MERS, incluindo uma morte. Todos os casos foram relatados após o contato com os animais, que são o principal vetor da doença, e a transmissão entre humanos não foi documentada oficialmente.

“Desde a atualização anterior publicada em 3 de outubro de 2022 e a até o dia 10 de novembro de 2022, nenhum novo caso de MERS-CoV foi relatado pelas autoridades de saúde ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica o documento do ECDC. Apesar disso, a interação com os animais pode representar potencial risco.

O que é MERS

Vale lembrar que tanto a covid-19 quanto a MERS são provocadas por um coronavírus. No momento, sabe-se que os dromedários são um dos reservatórios naturais do MERS-CoV-2, mas, muito possivelmente, a doença tenha surgido em morcegos e, eventualmente, infecte humanos.

Em casos de MERS, os pacientes podem relatar os seguintes sinais e sintomas:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dificuldade respiratória;
  • Pneumonia;
  • Diarreia.

A doença foi identificada pela primeira vez na Arábia Saudita, no ano de 2012. As principais formas de prevenção da MERS incluem: evitar o consumo de produtos de origem animal não pasteurizados ou não cozidos e a adoção de boas práticas higiene ao interagir com dromedários.

*Por Fidel Forato

Fonte: Canaltech

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