20 milhões de pessoas serão testadas três vezes esta semana

Publicado em 27/04/2022

Milhões de pessoas em Pequim fizeram, hoje (27), o segundo teste de covid-19 da semana, enquanto a capital chinesa tenta impedir que um surto se transforme em uma crise como a que provocou um lockdown na cidade de Xangai.

Evidências de que o isolamento de um mês em Xangai se tornou quase insuportável para muitos dos 25 milhões de habitantes da cidade estão surgindo quase diariamente na internet fortemente censurada do país.

Um vídeo amplamente divulgado mostrava um estrangeiro tentando romper barreiras de metal em uma rua de Xangai, antes de ser puxado para trás e arrastado para o chão por quatro pessoas em trajes de proteção contra materiais perigosos.

“Quero morrer”, gritou o homem repetidamente em chinês e inglês. Uma das pessoas que o seguravam respondeu: “você veio para a China, você precisa respeitar as leis e regulamentos aqui.”

“Calma, calma”, diz outro. A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar imediatamente a autenticidade do vídeo.

Essas cenas angustiantes estão sendo observadas com apreensão em Pequim, e o governo espera que os testes em massa poupe a cidade do sofrimento de Xangai, onde as autoridades aguardaram cerca de um mês enquanto os casos aumentavam antes de ordenar a triagem em toda a cidade.

Alimentos em supermercados

Em Pequim, os supermercados mantêm estoques bem abastecidos sob ordens do governo. Shi Wei, de 53 anos, aposentado, disse que se sentia esperançoso pelo baixo número de casos da capital, mas ele se mostrava nervoso.

“Nos últimos dois dias, toda vez que vou ao supermercado, há muitas pessoas, então apenas me viro e saio, pois me sinto um pouco inseguro. Posso entender o pânico, dado o que aconteceu em Xangai,” relatou.

Geng, de 31 anos, que trabalha em finanças e só deu seu sobrenome, afirmou estar preocupado em ser um contato próximo de um caso de covid-19 e ser forçado a ficar em quarentena com toda a família.

Pequim estava testando os mais de 3,5 milhões de moradores de seu distrito de Chaoyang nesta quarta-feira. Todos foram testados na segunda-feira. Na terça-feira, 16 milhões em outros distritos

No total, 20 milhões dos 22 milhões de habitantes de Pequim serão testados três vezes esta semana.

Moradores fazem fila para realizar teste de detecção de Covid-19 em Pequim

Moradores fazem fila para realizar teste de detecção de covid-19 em Pequim – (Reuters/Tingshu Wang/Direitos Reservados)

Os resultados de quase todas as amostras da primeira rodada foram divulgados na quarta-feira, com 12 tubos de amostras mistas dando positivo, disse uma autoridade de saúde de Pequim. Cerca de 46 novos casos foram identificados desde a terça-feira.

Nos testes em massa na China, várias amostras são testadas juntas em um único tubo para velocidade e eficiência.

Por agência Reuters * – Pequim

Fonte: Agência Brasil*

27 de abril de 2022

O Centro de Mulheres na Reestruturação Empresarial (CMR) lança, nesta quinta-feira (28/4), a Câmara Especial de Resolução de Conflitos em Reestruturação de Empresas (CamCMR), uma das primeiras câmaras brasileiras especializadas no assunto. 

Câmara de resolução de conflitos em reestruturação de empresas é lançada em SP

O projeto é liderado por profissionais de mercado e tem o objetivo de construir um ambiente de diálogo que atenda às necessidades das empresas, em todos os momentos da reestruturação e com o apoio de mediadores escolhidos pelas próprias partes. Sua criação ocorre na esteira da aprovação da reforma da Lei de Recuperação Judicial e Falências (Lei 14.112/2020), que trouxe melhorias para o processo de reestruturação das empresas.

O órgão deliberativo da CamCMR será presidido pela advogada Camila Tebaldi. A vice-presidência fica a cargo de Samantha Mendes Longo,.

Também fazem parte do órgão deliberativo Juliana Biolchi e os mediadores Leandro Rennó e Mariana Souza, ambos também advogados e atuação em mediações importantes em disputas empresariais..

Segundo Camila, a nova Câmara tem o objetivo de ajudar na melhoria do ambiente de negociação e ampliar o uso da mediação como método de solução de conflitos empresariais, seja com relação às questões disputas societárias inerentes ao negócio, seja com relação às demandas de renegociações de dívidas das empresas.

“A CamCMR oferece uma estrutura on-line moderna e segura, e conta com uma robusta estrutura de profissionais bastante competentes voltados às demandas da reestruturação empresarial, de forma a oferecer os recursos necessários para negociações”, diz.

O lançamento ocorre durante o 1º Congresso CMR: Reestruturação, Métodos Alternativos e Tendências de Mercado, que acontece de forma presencial e online.

Fonte: Revista Consultor Jurídico, 27 de abril de 2022

27 de abril de 2022

O fato de um fundo de investimento privado não possuir personalidade jurídica não impede, por si só, que ele sofra os efeitos da aplicação do instituto da desconsideração da personalidade jurídica em caso de comprovado abuso de direito.

A partir das conclusões das instâncias ordinárias, ministro Cueva entendeu cabível a desconsideração da personalidade jurídica

Com esse entendimento, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso especial ajuizado por um fundo de investimento que foi alvo de bloqueio de valores em conta bancária de sua titularidade.

O caso trata do Pinheiros Fundo de Investimento em Participações, criado pela empresa Bracol Holding Ltda., que pertence à família Bertin. Inicialmente, tinha a forma de condomínio fechado. Ou seja, as quotas não estavam à disposição para livre compra no mercado e havia apenas uma cotista.

A partir de 2009, a empresa passou a transferir a maior parte de suas quotas para a empresa Blessed Holding LLC, que tem sede nos Estados Unidos. Essas transferências foram feitas por valores considerados irrisórios.

Em uma das movimentações, em novembro de 2010, a Bracol transferiu 21,5% de suas quotas à Blessed pelo valor de R$ 17 mil, quando uma auditoria independente apurou que o montante, na verdade, equivaleria a R$ 970 milhões.

Essa situação, que foi definida pelas instâncias ordinárias como de confusão patrimonial, já estava vigente quando a empresa química Basf ajuizou execução para cobrar dívida da Xinguleder Couros, empresa que fora adquirida pela Bracol.

O andamento da execução levou ao pedido de desconsideração da personalidade jurídica da Bracol, com a consequente inclusão, no polo passivo da ação de execução, de diversas empresas que compõem o Grupo Bertin, incluindo o Pinheiros Fundo de Investimento.

As instâncias ordinárias entenderam que a medida seria cabível porque, apesar de a Bracol não ser a única cotista do fundo de investimento, haveria ali um vínculo empresarial típico das pessoas participantes de um mesmo grupo econômico, em situação de confusão patrimonial.

Ao STJ, o fundo de investimentos defendeu que não estavam presentes todos os requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica.

Requisitos presentes
Relator, o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva explicou que o patrimônio gerido pelo fundo de investimentos pertence, em condomínio, a todos os investidores. Isso impede a responsabilização do fundo por dívida de um único cotista.

Assim, em tese, o bloqueio judicial não poderia recair sobre todo o patrimônio comum do fundo de investimento por causa de dívidas de um só cotista.

No entanto, ele destacou que todas essas regras devem ceder quando houver a comprovação de que a constituição do fundo de investimento se deu de forma fraudulenta, para ocultar patrimônio de empresas pertencentes a um mesmo grupo econômico.

Como as instâncias ordinárias concluíram que as empresas cotistas do fundo de investimento agiram com desvio de finalidade e confusão patrimonial, visando à ocultação do seu verdadeiro patrimônio, com o intuito de prejudicar credores, está justificada a desconsideração da personalidade jurídica.

“Isso, portanto, é o quanto basta para se concluir que o ato de constrição judicial, ao contrário do que afirma o recorrente, não atingiu o patrimônio de terceiros, mas apenas de empresas pertencentes ao mesmo conglomerado econômico”, concluiu o relator, acompanhado à unanimidade na 3ª Turma.


REsp 1.965.982

Fonte: STJ

Edtech se destaca por preparar profissionais do direito para a nova realidade do mercado jurídico.

27 de Abril de 2022

A internet e os processos tecnológicos há bem pouco tempo atrás eram vistos como a “aposta do futuro” e esse futuro já chegou e, junto com ele, trouxe novos formatos de comunicação, de trabalho e até mesmo de aprendizado, que inclusive apresentam resultados mais assertivos.

Baseada na proposta de buscar resultados positivos de forma efetiva e orgânica surgiu a Future Law, uma edtech focada em preparar os profissionais para as transformações tecnológicas do universo jurídico com a missão de acelerar a conexão entre o direito e a realidade 4.0 para melhorar as condições sociais e econômicas do país. A Future Law aposta na criação de equipes multidisciplinares, na mudança de mentalidade e nas metodologias de design jurídico para estabelecer um direito mais data-driven, criativo e inovador, desafiando o status quo e sempre na constante busca para construir um ecossistema surpreendente.

A CEO da Future Law, Tayná Carneiro explicou sobre como a edtech se destaca dentro do cenário educacional e de consultoria, “O principal diferencial é o pioneirismo e ineditismo dos temas, abordamos de forma prática e com metodologias inovadoras temas de mercado, relacionados a gestão ágil, ciência de dados, legal operations, visual law, todos através de modelos inéditos. A Future Law, por exemplo, foi a escola que criou o  primeiro curso sobre o tema Legal Operations no país”, enfatiza Tayná.

Pensando em preparar e conectar as organizações jurídicas do setor público e privado, visando gerar mais eficiência, inclusão e acessibilidade frente à realidade exponencial, a Future Law tem seus cursos segmentados em seis eixos: gestão e eficiência, law 4.0, mercado financeiro e societário, tendências, legal design, proteção e tratamento de dados.

Os professores responsáveis por ministrar as aulas na plataforma utilizam metodologias ativas, além de técnicas práticas e mão na massa. São mais de 300 profissionais renomados do mercado, engajados e conectados, que preparam os alunos para o Direito frente à realidade 4.0.

Os cursos são destinados para que o aluno aplique na prática um Direito mais revolucionário e alcance resultados não alcançados com a grade obsoleta da educação jurídica, como afirma o aluno do curso  “NFTs e Metalaw”: “Excelente, uma aula magistral e distinta de qualquer outra”, reforçando o compromisso da Future Law com a excelência unida à inovação.

A Future Law entende que o Direito deve participar da construção dessa nova realidade, e não apenas permanecer em um papel reativo e impeditivo de grandes ideias e transformações, uma realidade em que as organizações jurídicas sejam co-criadoras da revolução 4.0, participando ativamente da construção e das transformações da sociedade.

Fonte: Jornal Jurid

Texto retorna para a Câmara dos Deputados.

27/04/2022

O Senado aprovou ontem (26) um projeto que traz a regulamentação do mercado nacional de criptomoedas. A proposta traz diretrizes para a “prestação de serviços de ativos virtuais” e regulamenta o funcionamento das empresas prestadoras desses serviços. O texto retorna para a Câmara dos Deputados.

As criptomoedas são um tipo de dinheiro totalmente digital, negociado pela internet. O crescimento acelerado desse mercado em todo o mundo tem gerado preocupação com seu uso para lavagem de dinheiro diante da insuficiência de regulamentação. Para o novo mercado funcionar, as prestadoras de serviços de ativos virtuais terão que obter prévia autorização “de órgão ou entidade da Administração Pública Federal”.

De acordo com o texto aprovado, ativo virtual é “a representação digital de valor que pode ser negociada ou transferida por meios eletrônicos e utilizada para realização de pagamentos ou com propósito de investimento”, com exceção das moedas nacionais tradicionais e ativos já regulamentados em lei. O Poder Executivo terá que indicar um órgão da Administração Pública Federal para definir quais serão os ativos financeiros regulados pela futura lei.

A prestação de serviço de ativos virtuais terá que seguir algumas diretrizes, como a obrigação de controlar e manter de forma segregada os recursos dos clientes. Também terá que adotar boas práticas de governança, transparência nas operações e abordagem baseada em riscos; segurança da informação e proteção de dados pessoais; proteção e defesa de consumidores e usuários; proteção à poupança popular; solidez e eficiência das operações.

Será exigida ainda a prevenção à lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos e valores, combate à atuação de organizações criminosas, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa, em alinhamento com os padrões internacionais.

A regulamentação não valerá para as NFTs (Non-Fungible Tokens). Segundo o relator do substitutivo aprovado, senador Irajá (PSD-TO), a NFT, uma espécie de certidão digital de um serviço, poderá ser regulada pelo Executivo em um ato posterior à aprovação do projeto.

*Com informações da Agência Senado

Por Agência Brasil * – Brasília

UE diz que decisão russa de suspender exportações é inaceitável

Publicado em 27/04/2022

A Polônia garante que conseguirá “lidar” com a ausência de gás russo e considera importar dos Estados Unidos e países do Golfo, depois de a gigante da energia Gazprom ter suspendido todas as exportações para territórios polaco e búlgaro. A alegação é a recusa de Varsóvia e Sófia de pagarem em rublos, conforme Moscou exige. A União Europeia (UE) prometeu, entretanto, responder à “injustificável e inaceitável” decisão russa. A Bulgária fala em “chantagem”.

“Estou certo de que vamos encontrar formas de lidar com isso”, afirmou à BBC o vice-ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Marcin Przdacz, acrescentando que Varsóvia já planejava deixar de importar gás russo até o fim do ano, quando seu contrato com a empresa Gazprom expira.

“A Polônia tomou algumas decisões há vários anos a fim de estar preparada para uma situação como essa”, disse Przdacz. “Agora, há opções para importar gás de outros parceiros”, incluindo os Estados Unidos e nações do Golfo”.

A partir de 1º de maio, nova ligação a um gasoduto na Lituânia dará a Varsóvia acesso ao gás desse país. Para outubro, está prevista a inauguração do gasoduto “Baltic Pipe”, que virá desde a Noruega e poderá substituir a maioria do gás que antes chegava da Rússia.

Segundo Przdacz, o anúncio de Moscou só veio provar que a Rússia “não é um parceiro confiável em nenhuma área de negócio” e, por isso, as demais nações europeias deveriam interromper suas importações de energia.

Varsóvia destaca que suas reservas de energia estão asseguradas. A ministra do Ambiente, Anna Moskwa, disse que não existe ainda a necessidade de retirar gás das reservas do país e garantiu que o abastecimento aos consumidores não será cortado.

A empresa estatal polaca de gás (PGNiG) – que só no primeiro trimestre do ano comprou 53% de gás da Rússia – confirmou a suspensão do fornecimento russo. O mesmo ocorreu com a Bulgária, onde 90% do abastecimento vinham até agora da russa Gazprom.

O primeiro-ministro búlgaro considerou, nesta quarta-feira, que o corte russo é “grave violação do contrato atual e o equivalente a chantagem”. Segundo Kiril Petkov, a Bulgária está, neste momento, revendo todos os seus contratos com a Gazprom, uma vez que “esta chantagem unilateral é inaceitável”.

Ameaça 

O líder parlamentar da Rússia disse que a gigante do gás Gazprom tomou a decisão certa ao suspender totalmente o fornecimento de gás à Polônia e Bulgária. Ele defendeu que Moscou faça o mesmo com outros países “hostis”.

“O mesmo deve ser feito em relação a outros países que são hostis à Rússia”, escreveu Vyacheslav Volodin, presidente da Duma (câmara baixa do Parlamento russo) na rede social Telegram.

A Polônia, por sua vez, afirmou que está pronta para ajudar a Alemanha a importar gás de outros países. Berlim anunciou a intenção de encontrar alternativas ao fornecimento russo.

“Estamos prontos para expressar nossa solidariedade à Alemanha e apoiá-la na total interrupção do petróleo russo”, declarou a ministra polaca do Ambiente, Anna Moskwa, à rádio estatal Polskie.

União Europeia

A União Europeia (UE) considera  “injustificável e inaceitável” a decisão da empresa Gazprom de interromper o abastecimento a alguns clientes europeus. A presidente do bloco, Ursula von der Leyen, adiantou que Bruxelas prepara resposta coordenada para conter a escalada de ações de Moscou.

“O anúncio pela Gazprom de suspensãso unilateral da entrega de gás a clientes na Europa é mais uma tentativa da Rússia de utilizar o produto como instrumento de chantagem. Isto é injustificado e inaceitável e mostra, mais uma vez, a falta de confiabilidade da Rússia como fornecedor de gás, [mas] estamos preparados para este cenário”, reagiu a presidente da Comissão Europeia.

Em declaração divulgada hoje, ela assegurou que está em “estreito contato com todos os Estados-membros”.

“Temos trabalhado para assegurar entregas alternativas e os melhores níveis de armazenamento possíveis em toda a UE. Os Estados-membros estabeleceram planos de contingência para esse cenário e trabalhamos com eles em coordenação e solidariedade”.

De acordo com a líder do Executivo comunitário, “uma reunião do grupo de coordenação do gás será realizada nesta quarta-feira. “Estamos definindo nossa resposta coordenada. Continuaremos também a trabalhar com parceiros internacionais para assegurar fluxos alternativos e com os líderes mundiais para garantir a segurança do aprovisionamento energético na Europa”, adiantou.

Neste momento, o armazenamento de todo o gás europeu está em 32%. Os Estados-membros negociam regras de emergência que  permitam aumentar esse índice para 80% até novembro deste ano, assegurando o armazenamento para o próximo inverno, quando o consumo de gás é maior.

Por RTP* – Varsóvia

Fonte: Agência Brasil*

Foi a primeira alta, depois de oito quedas consecutivas

Publicado em 27/04/2022

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 2,4 pontos de março para abril deste ano. Esta foi a primeira alta, depois de oito quedas consecutivas do indicador, que atingiu 97,4 pontos, em uma escala de zero a 200.

A confiança aumentou entre empresários de 11 dos 19 segmentos pesquisados pela FGV. A alta foi puxada principalmente pelo Índice de Expectativas, que avalia a percepção do empresariado em relação ao futuro e que subiu 3,2 pontos, atingindo 96 pontos.

O componente que mais contribuiu para o crescimento do Índice de Expectativas foi a produção prevista para os três meses seguintes.

O Índice Situação Atual, que mede a confiança em relação ao presente, avançou 1,4 ponto e chegou a 98,4. O componente com melhor desempenho foi a situação atual dos negócios.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da indústria recuou 0,4 ponto percentual em março, para 79,8%.

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

Mudança faz parte de medida provisória que reformula legislação aérea

27/04/2022

Brasília – Fiscais do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) realizam fiscalização sobre cobrança de bagagens pelas companhias aéreas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26), por 273 votos a favor e 148 contrários, a retomada do despacho gratuito de bagagem de até 23 quilos em voos nacionais e de até 30 quilos em voos internacionais. A mudança faz parte de medida provisória que reformula a legislação do setor aéreo. A matéria segue para análise do Senado.

Os deputados aprovaram emenda da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) que inclui um dispositivo no Código de Defesa do Consumidor proibindo as companhias aéreas de cobrarem qualquer tipo de taxa, em voos nacionais, pelo despacho de bagagens de até 23 kg; e em voos internacionais, pelo despacho de bagagens de até 30 kg.

“As empresas não foram verdadeiras quando afirmaram que iam baixar o preço da passagem se nós permitíssemos aqui a cobrança da bagagem. A maioria desta Casa permitiu, com o protesto de um número expressivo de Parlamentares, e agora todos viram que foram enganados”, destacou a deputada. “Então, é hora de cobrarmos das empresas a parte delas. Se elas estão cobrando tão caro pela passagem, então que deem ao cidadão o direito de ter pelo menos uma mala despachada de forma gratuita”, acrescentou.

Enganados

Diversos deputados se disseram “enganados” pelas empresas aéreas, que defendiam que a cobrança pelo despacho de bagagem iria diminuir o preço das passagens. A medida foi aprovada pelo Congresso em 2017, mas não assegurou a redução dos preços das passagens aéreas.

“Todos os parlamentares do mandato anterior que já deliberaram sobre essa matéria sabem que foram enganados. Nós já votamos pela cobrança das malas para o barateamento das tarifas das passagens. Isso não aconteceu. As passagens ficaram mais caras, a população ainda tem que pagar pela mala, e não há o serviço adequado até hoje pelas companhias. Nós estamos fazendo justiça nesta noite, na Câmara dos Deputados, para não haver a cobrança da bagagem da população brasileira, que já paga uma tarifa exorbitante e abusiva”, afirmou o deputado Sandro Alex (PSD-PR).

Mudanças

A proposta aprovada define o serviço aéreo como uma atividade de interesse público que, mesmo que submetida à regulação, pode ser livremente explorada pelos entes privados. O texto do relator, deputado General Peternelli (União-SP), prevê que qualquer pessoa física ou jurídica poderá explorar serviços aéreos, observadas as normas do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e da autoridade de aviação civil. A proposta também muda valores e tipos de ações sujeitas a taxas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Desafios ainda persistem no setor, a exemplo do custo crescente com combustíveis e desarranjo das cadeias de produção mundiais, de forma que a busca por eficiência e simplificação é crucial para melhor saúde financeira das empresas de aviação e para a prestação adequada dos serviços”, justificou o relator.

Segundo o texto, tanto as companhias aéreas quanto os que prestam serviços de intermediação de compra de passagem devem fornecer as informações pessoais do passageiro às autoridades federais competentes.

Mesmo favoráveis à medida, deputados da base governista argumentaram que ainda há mais modificações a serem feitas para desburocratizar o setor aéreo no país.

“Nós temos ainda muitos entraves, muitos problemas, mas eu tenho certeza de que este é um bom começo para se destravar a aviação brasileira, principalmente na sua origem, nos aeroclubes, nas escolas de aviação e no transporte aéreo de menor potencial, de menor grandeza. Por isso, há incentivos claros à aviação geral nesta medida provisória, que trarão, com certeza, muitos frutos daqui a alguns anos”, afirmou o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).

Editada pelo governo federal em dezembro do ano passado, a MP já está em vigor e foi regulamentada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com as novas condições do processo de certificação a que devem se submeter as companhias interessadas em explorar o transporte aéreo no país.

Indisciplinados

O texto de Peternelli inclui dispositivo para punir passageiros indisciplinados. A proposta permite que companhias aéreas deixem de vender, por até 12 meses, bilhete ao passageiro que tenha praticado ato de indisciplina considerado gravíssimo. A restrição de venda não poderá ser aplicada a passageiros em “cumprimento de missão de Estado”, como policiais ou militares.

O tema ainda será regulamentado e o texto deverá prever também o tratamento dispensado a esse passageiro no momento do ocorrido. Essa regulamentação também incluirá a forma para que os dados de identificação do passageiro que tenha praticado ato gravíssimo de indisciplina sejam compartilhados pela companhia com outras prestadoras de serviços aéreos.

Oposição

Parlamentares de partidos de oposição tentaram adiar a análise da medida ao obstruir a votação. Para o deputado Afonso Florence (PT-BA) a medida provisória “é perigosa para a vida de brasileiras e brasileiros” ao retirar a competência da Agência Nacional de Aviação Civil para avaliar a proposta de construção de aeródromos.

“Imaginem que ela retira a competência da Anac de avaliar a proposta de construção de aeródromos. Um investidor vai construir uma pista de pouso, de decolagem, sem a aprovação da Anac, para só depois pedir a autorização da agência. Imaginem se, após um investimento de milhões, aquele aeródromo não fosse credenciado? Provavelmente será! E se ele tiver que ser submetido a uma apreciação posterior à construção, por que não é submetido à apreciação antes da construção?”, questionou.

Na avaliação da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), a medida vai, “na prática, aumentar o valor das passagens.”

“Estamos falando de um país de dimensões continentais. Não é possível que o controle, consequentemente, a concessão sobre a circulação neste território seja feita sem nenhum tipo de regulamentação e de acompanhamento do Estado. Isso significa principalmente que os rincões do país, para você poder acessá-los, ou para você se deslocar, as passagens vão ser ainda mais caras do que acontece hoje, sem contar que isso pode aumentar o risco muito grande no trânsito aéreo”, disse.

Por Agência Brasil – Brasília

26 de abril de 2022

A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça cassou a ordem de prisão civil de um homem que está inadimplente no pagamento da pensão alimentícia do filho desde 2017. O colegiado considerou que a obrigação não é mais urgente nem atual, pois o alimentando tem 26 anos de idade, possui nível superior e está registrado em conselho profissional — condições que, a princípio, permitem-lhe sobreviver sem o auxílio do pai —, além do fato de que a prisão se tornou ineficaz, pois não tem mais a capacidade de compelir o alimentante a quitar a dívida.

Embora a ação de execução de alimentos tenha sido ajuizada pelo alimentando em 2017, a prisão civil do alimentante só foi decretada em 2019. O mandado de prisão, contudo, ainda não havia sido cumprido, em virtude da pandemia da Covid-19.

O decreto prisional foi mantido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), sob o fundamento de que a discussão sobre a capacidade do filho de se manter pelo próprio esforço não afasta a obrigação do pai de pagar os alimentos vencidos e executados. Além disso, o TJSP destacou que os argumentos da defesa sobre a desnecessidade da pensão alimentícia deveriam ser discutidos em ação própria.

Garantia da sobrevida
O relator do recurso em habeas corpus submetido ao STJ, ministro Moura Ribeiro, destacou em seu voto o entendimento da Terceira Turma de que o objetivo fundamental da prisão civil do devedor é a garantia da sobrevida do alimentando.

Nesse sentido, apontou, a coação extrema representada pela privação da liberdade do alimentante apenas se justifica quando for indispensável para o pagamento dos alimentos em atraso e quando for a solução que combine a máxima efetividade na cobrança da dívida com a mínima restrição aos direitos do devedor.

Por outro lado, o ministro destacou jurisprudência do STJ segundo a qual a maioridade, por si só, não é capaz de desconstituir a obrigação alimentar. O relator enfatizou que, de acordo com a Súmula 358 do STJ, o cancelamento da pensão alimentícia somente pode ocorrer por decisão judicial, mediante contraditório e ampla defesa.

No caso dos autos, entretanto, Moura Ribeiro ressaltou a peculiaridade de que o alimentante está com a saúde física e psicológica fragilizada, sem conseguir trabalhar regularmente. Além disso, completou, como o alimentando já tem condições de se sustentar, a sua sobrevida, em teoria, não depende mais da pensão.

Para o relator, colocar o devedor com tais condições psíquicas e físicas na prisão, ainda que por pouco tempo, “se aproxima mais de uma punição pelo não adimplemento da obrigação do que propriamente da utilização da técnica de coação de forma efetiva e eficaz, causando-lhe gravame excessivo”.

Execução dos alimentos atrasados
Moura Ribeiro ressaltou que, além de a sobrevivência do filho não estar mais condicionada à prisão civil do pai, a medida não é indispensável à execução dos alimentos em atraso.

Ele afirmou que o filho pode utilizar os meios típicos de constrição patrimonial e as medidas atípicas previstas no Código de Processo Civil de 2015 para fazer com que o devedor cumpra as obrigações alimentícias.

Diante das particularidades do caso, o ministro concluiu que, excepcionalmente, o habeas corpus deve ser concedido somente para evitar a prisão civil do pai, sem afastar a sua obrigação de pagar os alimentos devidos. 

Com informações da assessoria de imprensa do Superior Tribunal de Justiça.

Projeto tipifica crimes digitais no Código Penal.

Postado em 26 de Abril de 2022

O Senado vai analisar um projeto de lei que tipifica crimes digitais como o estelionato no ambiente virtual e o sequestro de contas em redes sociais. Apresentado em março pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), o PL 651/2022 altera o Código Penal.

De acordo com o texto, a pena para aquele que hackear e sequestrar contas em redes sociais com a finalidade de obter resgate será de reclusão, de 4 a 10 anos, e multa. A pena para esse tipo de extorsão pode ser aumentada de um terço a dois terços, se do crime resultar dano patrimonial ao titular da conta.

Já a pena para quem cometer estelionato digital será de reclusão, de 4 a 8 anos. O crime consiste em assumir o controle das redes sociais de um usuário a fim de aplicar golpes em seus seguidores, fazendo-se passar pelo titular do perfil. 

Mecias de Jesus ressalta que o sequestro digital e o estelionato nas redes são crimes que causam muitos prejuízos e costumam ser aplicados simultaneamente. 

“O dono do perfil sofre duplamente ao ter sua conta “sequestrada”, pois muitas vezes os criminosos pedem o “resgate” para devolver a conta hackeada e, nesse meio-tempo, vão aplicando golpes. Os golpistas não vão precisar do auxílio da vítima, pois já conseguem clonar o telefone celular e, por meio dele, têm acesso às redes sociais da vítima, ao e-mail, às contas digitais e ao WhatsApp”, aponta o senador na justificativa do projeto. 

Segundo dados levantados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os ataques cibernéticos contra empresas brasileiras cresceram 220% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020. Já segundo relatório recente de uma empresa de consultoria citada por Mecias, o prejuízo financeiro global com ataques cibernéticos pode chegar a até US$ 50 bilhões em 2023.

Fonte: Agência Senado