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Foi primeira vez na história que carga superou marca de 100 mil MW

14/11/2023

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou nessa segunda-feira (13) novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN): às 14h40, foi atingido o patamar de 100.955 megawatts (MW). Foi a primeira vez na história do SIN que a carga superou a marca de 100 mil MW. O recorde anterior era de 97.659 MW, medido em 26 de setembro deste ano.

No momento em que o novo patamar foi registrado, o atendimento à carga era feito por 61.647 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.276 MW de geração eólica (9,2%), 8.506 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída – MMGD (10,8%). A principal razão para esse comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil.

Rio de Janeiro registrou, às 9h15 desta terça-feira (14), a maior sensação térmica desde 2014, de 58,5 graus Celsius (°C). A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5°C.

A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.

*Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Fonte: Agência Brasil

Medida foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial

04/10/2023

Um grupo de trabalho interministerial foi criado para coordenar as ações da candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027. A medida, publicada nesta quarta-feira (4) no Diário Oficial da União tem como objetivo cumprir as exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa) dentro dos prazos e regras.

O Ministério do Esporte será o órgão responsável por coordenar os trabalhos do grupo, que terá a participação da Advocacia-Geral da União, Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional e Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, além de 17 ministérios e o Banco Central do Brasil.

A escolha entre os quatro finalistas acontecerá em maio de 2024, durante o congresso anual da Fifa e o Brasil concorre com três grupos de países, um da África do Sul, outro da União das Federações Europeias de Futebol, formado por Alemanha, Bélgica e Holanda, e o terceiro concorrente é o candidato da Confederation of North, Central America and Caribbean Association Football (Concaf), representado por México e Estados Unidos.

A meta do grupo de trabalho é a articulação de órgãos e instituições em todas as esferas do Executivo para viabilizar a entrega das exigências e garantias constantes do caderno de encargos estabelecido pela Fifa, com um prazo de 180 dias, prorrogável pelo mesmo período.

A campanha do Brasil para sediar a principal competição do futebol feminino é um dos pontos previstos na Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, que busca dar visibilidade a modalidade e foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia em que o Brasil recebeu o troféu da Copa do Mundo 2023, em março deste ano. Caso o país seja escolhido, será a primeira vez que a competição acontecerá na América do Sul, assim como o concorrente continente africano, que também nunca sediou o torneio.

*Por Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Fonte: Agência Brasil

Meia marcou três vezes e deu passe para Bia Zanerrato fechar o placar

24/07/2023

A primeira partida do Brasil na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia foi mais do que tranquila. Sem sustos, a seleção atropelou o Panamá por 4 a 0, no estádio Hindmarsh, em Adelaide (Austrália), nesta segunda-feira (24). Brilhou a estrela de Ary Borges, que fez três gols e deu o passe para Bia Zaneratto marcar o outro. Com o resultado, a equipe comandada por Pia Sundhage pula para a liderança do Grupo F, com três pontos, se aproveitando do empate entre França e Jamaica na véspera.

Com a rainha Marta – que se recuperava de um desconforto na coxa esquerda – no banco, o Brasil começou a todo vapor em Adelaide. Com menos de dez minutos de jogo, já havia finalizado quatro vezes ao gol adversário, exigindo boas intervenções da goleira Bailey.

Aos 18, começou o show de Ary Borges. Debinha foi lançada pela esquerda, dominou e cruzou na área. A meio-campista surgiu livre e cabeceou no canto esquerdo para abrir o placar.

Jogando muito pelos lados, o Brasil não deixava o Panamá respirar, sempre mantendo a posse de bola na casa dos 60% e criando chance atrás de chance. Aos 38, veio o segundo.

Tamires cruzou pela esquerda, Ary Borges cabeceou e parou em Bailey. No entanto, no rebote, com a goleira caída no chão, ela não teve dificuldades para marcar o segundo.

Após intervalo tem mais Ary e entrada de Marta

A seleção entrou no segundo tempo disposta a resolver o jogo. Logo aos três minutos, a vantagem foi ampliada com um golaço coletivo. Após troca de passes na entrada da área panamenha, Debinha cruzou pela esquerda e encontrou Ary Borges de frente para o gol. Ela dominou e, após deixar a marcação no chão, apenas rolou para trás para Bia Zaneratto finalizar para o gol escancarado e fazer o 3 a 0.

Com a vitória pouco ameaçada, Pia Sundhage começou a fazer mudanças na equipe e o Brasil diminuiu o ritmo. No entanto, a meta adversária continuou sem ter descanso.

Aos 25, Geyse, que havia entrado no lugar de Debinha, cruzou pela esquerda e encontrou a iluminada Ary Borges, que mais uma vez completou de cabeça para marcar.

Cinco minutos depois, a estrela da noite (na Austrália) deixou o gramado para a entrada de Marta.

A camisa 10 teve chances para marcar e se tornar a única jogadora na história das Copas a fazer gols em seis edições da competição. Porém, o Brasil (que terminou o jogo com 34 finalizações) não conseguiu mais marcar.

Depois da atuação consistente na estreia, a seleção agora tem, em tese, seu desafio mais duro na primeira fase da Copa. Enfrenta no sábado (29), às 7h (horário de Brasília), a forte equipe da França, em Brisbane, em duelo que pode definir quem termina em primeiro na chave.

*Por Igor Santos – Repórter da EBC – Rio de Janeiro

Fonte: Agência Brasil

Missão investigará a biodiversidade local

19/07/2023
Brasil segue em sua primeira expedição de pesquisa ao Ártico. Foto: Arquivo Pessoal

A primeira expedição científica oficial do Brasil ao Ártico, em andamento até o dia 21 de julho, pretende conhecer a biodiversidade de um dos territórios mais gelados do planeta, compreender sua importância em termos ecológicos e para as mudanças climáticas globais e contribuir para sua preservação ambiental.

No arquipélago Svalbard, parte do Círculo Polar Ártico pertencente à Noruega, está a equipe: dois professores do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Câmara, um dos coordenadores da expedição, e a pesquisadora Micheline Carvalho Silva. Somam-se ao grupo os professores do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas (UFMG) Luiz Henrique Rosa, também na coordenação, e Vivian Nicolau, além do docente da Pontifícia Universidade Católica de Brasília Marcelo Ramada.

A missão, liderada pela Unb em parceria com a UFMG, integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelas instituições envolvidas.

O Brasil tem 7% do território no hemisfério norte, explica o professor Paulo Câmara, o que reforça a necessidade da pesquisa no local.  “O que significa que 7% do Brasil está mais perto do Ártico do que da Antártica. Nós já temos uma presença da Antártica há mais de 40 anos, e no Ártico não temos presença. São dois grandes reguladores climáticos. O Brasil tem a participação na Antártica, na Amazônia desde sempre, e não tínhamos nenhuma participação no Ártico”, disse o professor, em entrevista direto do Ártico para a Agência Brasil.  

Durante a missão, os pesquisadores irão coletar plantas, fungos, micro-organismos, sedimentos e outras amostras biológicas para gerar dados sobre a território, o que permitirá traçar um comparativo e compreender a relação entre espécies que ocorrem nos dois polos – o Ártico e a Antártica – , sem presença em áreas intermediárias do planeta. Entre elas, uma das especialidades do pesquisador Paulo Câmara: as briófitas, espécies de plantas de pequeno porte com fácil dispersão nos ambientes polares.

O Ártico é estimado pela quantidade significativa de recursos ainda inexplorados, como petróleo e gás natural, e considerado estratégico para a investigação de impactos climáticos, ambientais e econômicos em nível mundial. Mas, o extremo norte vem sofrendo, nas últimas quatro décadas, com o derretimento acelerado de suas geleiras.

Pela segunda vez na região, o professor disse que encontrou o local bem diferente do que esteve em 2016. “Estive também a trabalho, mas não fez parte de uma expedição, foi iniciativa individual. O que me surpreendeu é como mudou em pouco tempo, aqui está muito mais quente, muito mais seco, tem muito menos neve e gelo. A cidade cresceu, tem uma cidadezinha aqui, se chama Longyearbyen, e tem muito mais turistas, é impressionante. Quando estive aqui ainda era um lugar remoto, que tinha muito gelo e neve, chovia muito, sempre tudo nublado e agora está bem diferente, muito mais quente e muito mais seco”, avaliou Câmara.

Provavelmente, a mudança se deve aos câmbios climáticos.  “É difícil fazer alguma afirmação, mas provavelmente é isso mesmo, o derretimento do gelo no Ártico é um fenômeno irreversível, associado a essa onda de calor que está na Europa, reflete aqui. Isso tem um impacto grande na biodiversidade por conta dessa temperatura extremamente elevada que está acontecendo aqui, além da falta de água. Quando estivemos da última vez chovia quase todos os dias, estava sempre nublado, agora parece que a gente está no deserto!”, explicou.

Segundo o especialista, a pesquisa na região pode ser relevante para monitorar possíveis desdobramentos deste processo no Brasil e no mundo. “O que acontece aqui no Ártico afeta o Brasil, então nós deveríamos ter direito a voz e a voto, o não está acontecendo”.

O Brasil é o único país entre as dez maiores economias globais sem decisão em questões relativas à região. Por isso, a presença científica no Ártico, região que abrange mais de 16 milhões de quilômetros quadrados (km²) pode ser significativa para a inclusão do país como membro observador do Conselho do Ártico, organismo de cooperação internacional para tratar de estratégias de proteção ambiental ao território. O país também deve aderir ao tratado de Svalbard, que não só reconhece a soberania da Noruega sob o arquipélago, como também garante o uso de recursos da região pelas nações signatárias.

“Outra dado importante é que o derretimento do gelo no Ártico, que é irreversível, vai abrir novas rotas comerciais e diminuir a importância do canal de Suez, do canal do Panamá, o que vai influir na geopolítica global e o Brasil, como uma potência, tem que estar presente”, reforçou o professor.

*Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Fonte: Agência Brasil

Vítimas da doença é de 689.396 em todo o país. Total de casos conhecidos desde o início da pandemia é de 35.147.091, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa.

Postado em 25 de Novembro de 2022

O Brasil registrou 71 novas mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, nesta quinta-feira (24), chegando a 689.396 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 73, com variação de +59% em relação aos últimos 7 dias, terceiro dia com tendência de alta.

Já a média móvel de casos conhecidos , que tinha passado de 20 mil pela primeira vez desde 1º de setembro, voltou a ficar em 19 mil. (veja detalhes mais abaixo).

Brasil, 24 de novembro

Total de mortes: 689.396

Registro de mortes em 24 horas: 71

Média de mortes nos últimos 7 dias: 73 (variação em 14 dias: +59%)

Total de casos conhecidos confirmados: 35.147.091

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 25.790

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 19.702 (variação em 14 dias: +133%)

Média de mortes — Foto: Arte g1

No total, o país registrou 25.790 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 35.147.091 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de19.702, passando da casa de 20 mil pela primeira vez desde 1º de setembro. A variação foi de 133% em relação a duas semanas antes.

Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.

Média de casos conhecidos — Foto: Arte g1

Subindo (11 estados): PB, PR, MG, MA, BA, MT, ES, GO, PE, PA, AM

Em estabilidade (7 estados e o DF): SP, DF, RO, AP, SE, CE, AL, AC

Em queda (1 estado): RS

Não divulgou até 20h (7 estados): MS, PI, RJ, RN, RR, SC e TO

Médias em destaque — Foto: Arte g1

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Consórcio de veículos de imprensa

Fonte: G1

País é o líder na América Latina em número de internautas ativos.

Postado em 11 de Outubro de 2022

Com mais de 165 milhões de usuários, o Brasil se encontra na 5ª posição do ranking mundial dos países com a maior quantidade de usuários de internet.

O país fica atrás somente da China (1 bilhão), Índia (658 milhões), Estados Unidos (307 milhões) e Indonésia (204 milhões). No total, são mais de 5 bilhões de usuários de internet ativo pelo mundo.

É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de desconto CupomValido.com.br com dados da Statista sobre os usuários de internet no mundo.

Ao levar em consideração somente os países da América Latina, a Argentina fica em 3ª posição com 38 milhões de usuários de internet. O México fica em 2ª posição, com 96 milhões. E o Brasil é o líder absoluto, com mais usuários que o 2º e o 3º colocados combinados.

Os provedores mais usados pelos brasileiros

A NET (Claro NET) é o provedor de internet mais usados pelos brasileiros, com 22%. A Vivo está em segunda posição, com 16%. E a Claro em terceira com 14%.

Em seguida fica a Oi, com 12%. A Brisanet, Cabo Telecom e Tim Live, possuem 3% de participação de mercado cada.

Por onde o brasileiro mais acessa a internet?

O celular é o aparelho preferido dos brasileiros acessarem a internet. Aproximadamente 99% dos usuários de internet no Brasil acessam por este dispositivo.

Além do celular, 50% dos brasileiros acessam a internet via TV, principalmente demando pelos serviços de streaming.

O Notebook e o Computador, ficam em terceira e quarta posição, respectivamente. Apesar de menores posições, a soma da porcentagem de Notebooks e Computadores, ainda representam uma grande fatia de quase 38%.

Confira o infográfico completo abaixo:

Fonte: Statista, CupomValido.com.br

*Jornal Jurid

Carlos França diz que posição do Brasil sobre a guerra é clara

Publicado em 06/04/2022

O ministro de Relações Exteriores, Carlos França

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, classificou, nesta quarta-feira (6), como inadmissível a agressão da Rússia à Ucrânia. Cobrado sobre uma posição clara do Brasil em relação ao conflito em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, França rechaçou críticas de que o Brasil tenha uma posição dúbia sobre o tema.

“No caso desse conflito, nós temos um lado claro, que é a paz mundial. A agressão é inadmissível. No momento em que há um conflito armado e a invasão de território, nós entendemos que a Rússia cruzou uma linha vermelha. Quanto a isso não há dúvida em relação à posição do Brasil. O lado do Brasil está muito claro. É a defesa do interesse nacional e a busca pela paz. E essa posição é respeitada aí fora”, afirmou.

Ainda segundo o chanceler, o governo brasileiro defende o “imediato cessar fogo” e “a proteção de civis e a garantia de acesso à assistência humanitária” às vítimas da guerra.

Abstenção

Sobre a decisão do governo brasileiro de se abster em uma resolução contra a Rússia, analisada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no mês passado, Carlos França disse que a posição foi tomada pelo fato do governo brasileiro acreditar que o único foro adequado para essas discussões é o Conselho de Segurança da ONU.

“É perigoso para o sistema multilateral que organizações passem a tratar e a legislar sobre matérias que são estranhas à sua competência. Senão amanhã, talvez, a Organização Internacional do Trabalho [OIT] e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual podem querer fazer uma resolução condenando o Brasil em questões de meio ambiente”, defendeu, lembrando que o documento foi aprovado por 33 votos e com um alto número abstenções, 24.

A resolução, proposta pelos países ocidentais, denuncia que “vários edifícios educacionais já foram destruídos ou danificados [na Ucrânia], como o edifício da Universidade Nacional Karazin, em Kharkiv”.

Sanções econômicas

O ministro Carlos França voltou a criticar sanções econômicas que países do Ocidente impuseram à Rússia como forma de pressionar por um cessar-fogo.

“Eu entendo o uso de sanções pela Europa e pelos Estados Unidos. Era a arma que eles tinham naquele momento para se contrapor ao conflito. No entanto, não posso deixar de estranhar o fato da seletividade das sanções”, disse. França discordou de comentários vindos de embaixadores europeus de que se Brasil aderir logo às sanções, como os outros países, o mundo teria o fim mais rápido do conflito.

“A própria Alemanha sofre com a possibilidade de deixar de contar com energia do combustível russo para sua indústria, para aquecimento de sua população, para geração de energia. Se até esses países têm dificuldade, que dirá o Brasil que depende dos fertilizantes para manter girando o motor muito pujante que é o do agronegócio”, disse.

Ainda segundo o ministro, as sanções tendem a atender os interesses de um grupo pequeno de países, prejudicando a larga maioria, que depende de insumos básicos. Do ponto de vista econômico, França admitiu que a principal preocupação do governo brasileiro está ligada ao fornecimento de fertilizantes. “São indispensáveis para agricultura e para segurança alimentar do mundo”, ressaltou.

Por Agência Brasil – Brasília

Exportações para os países árabes só perdem para a China e os EUA

Publicado em 21/02/2022

A chefe de operações do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones fala à imprensa

Apesar de ter os países árabes como terceiro maior parceiro comercial, o Brasil tem potencial para explorar novos mercados nesta região, defende Karen Jones, chefe operacional do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Dubai. A declaração ocorreu durante encontro promovido para a imprensa nesta segunda-feira (21) nos Emirados Árabes Unidos.

Karen cita alguns exemplos de produtos com alto valor agregado como peças automotivas, equipamentos médicos, construção civil, setor aéreo e defesa, além dos itens de higiene pessoal e cosméticos. “Tem uma boa demanda na África, principalmente para os produtos à base de queratina. É interessante pensar nos Emirados Árabes não apenas como um país de destino, mas também um centro de reexportação”, disse.

Atualmente, os principais produtos de exportação por parte do Brasil para a península arábica são as carnes, o minério de ferro, os derivados sucroalcooleiros, os cereais e a soja. Os envios para os países árabes só perdem para a China e os Estados Unidos.

Em 2021, o fluxo de comércio entre os dois países totalizou US$ 3,3 bilhões, sendo que o Brasil exportou US$ 2,3 bilhões e importou – especialmente em petróleo e fertilizantes  – US$ 977 milhões. A conta gera um superávit de US$ 1,3 bilhão para o Brasil.

Um dos aumentos mais expressivos está no setor de ovos in natura e processados, cuja alta chegou a 81,5% em 2021 em relação a 2020. Os Emirados Árabes Unidos lideram entre os principais destinos desse produto, tendo respondido por 6,9 mil toneladas de um total de 11,3 mil toneladas.

No segmento de carnes, o agronegócio brasileiro especializou-se na obtenção do certificado halal, uma permissão para os exportadores que desejam enviar carnes aos países árabes. Obtida a partir de diversos processos, o certificado respeita preceitos do islã e evita o sofrimento do animal. O Brasil figura, inclusive, entre os maiores produtores de proteína halal do planeta.

Visto como essencial para o país desértico, o agronegócio brasileira tem espaço para crescer. “Os Emirados são uma região onde a segurança alimentar é uma preocupação muito grande. Os Emirados são um país que importa mais de 80% do que consome, em termos de alimentos e bebidas, é aí onde o Brasil se posiciona melhor, como parceiro estratégico”, explica Karen.

Por Reuter*s Dubai (Emirados Árabes)

Fonte: Agência Brasil*

Gravidade dos casos cai graças à vacinação, diz boletim da Fiocruz

20/01/2022

Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz divulgado ontem (19) pela Fundação Oswaldo Cruz revela aumento significativo do número de casos da doença no Brasil, com média de 49 mil registros por dia, seis vezes mais do que o observado no início de dezembro de 2021. O documento destaca, porém, que, graças à eficácia da vacinação, que completou um ano, o número de mortes não acompanhou o aumento do número de casos no país.

Referente às semanas epidemiológicas 1 e 2 de 2022, compreendendo o período de 2 a 15 de janeiro, o boletim revela que piorou a situação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados a pacientes com covid-19, em comparação aos dados das duas últimas semanas.

Cinco estados que estavam fora da zona de alerta ingressaram na zona de alerta intermediário, com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%, somando-se a seis unidades da federação que já estavam nesta zona na semana anterior.

Destacam-se entre as capitais que tiveram taxas divulgadas Cuiabá (100%), Rio de Janeiro (95%), Belo Horizonte (88%), Fortaleza (85%) e Recife (80%), que estão na zona de alerta crítico; e Vitória (78%), Manaus (77%), Campo Grande (77%), Goiânia (77%), Brasília (74%), Palmas (69%), São Luís (68%), Teresina (66%), Porto Velho (66%), Salvador (65%), Curitiba (61%) e Boa Vista (60%), na zona de alerta intermediário.

O boletim chama a atenção que, no caso da cidade do Rio de Janeiro, a taxa apresentada não inclui leitos impedidos/bloqueados, o que eleva o seu valor.

A comparação de dados relativos a 17 de janeiro com os de 10 de janeiro mostra aumento do total de leitos em 12 estados e no Distrito Federal. Os destaques são aumentos superiores a 50 leitos registrados em Pernambuco (105) e Ceará (5). Cinco estados tiveram redução do total de leitos: Roraima, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A média móvel de sete dias, divulgada pela Fiocruz, é calculada somando-se os registros do dia com os dos seis dias anteriores e dividindo o resultado da soma por sete. O número é diferente daquele divulgado pelo Ministério da Saúde, que mostra apenas as ocorrências de um dia específico.

Grupos etários

A distribuição dos casos de internação e morte nos grupos etários chamou a atenção dos pesquisadores, que perceberam mudança no perfil das internações desde dezembro: tanto para internações quanto para óbitos, destaca-se maior presença de pessoas mais jovens. “Em especial para internações, é notável a participação de crianças com até 2 anos”. Isso indica que tal grupo passou a ocupar lugar de destaque na pandemia no fim de 2021 e início de 2022. “Os grupos extremos de idade passam a ser destaque da distribuição etária das internações e óbitos”, diz o boletim.

Entre os idosos, cresce a presença de grupos com 80 anos e mais, e diminui a de grupos de 60 a 69 anos e de 70 a 79 anos. Entre os adultos, aumentam os casos nos grupos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos e diminui a contribuição dos grupos de 50 a 59 anos e de 40 a 49 anos.

De acordo com pesquisadores da Fiocruz, o cenário é de incerteza no médio prazo. “Para as internações em UTI parece haver uma nova forma de distribuição, em que adultos mais jovens e idosos menos longevos passam a compartilhar o perfil que mais requer cuidados intensivos. As próximas semanas poderão alterar a dinâmica das internações por covid-19 no país.”

Expansão

Embora parte dos casos se refira a registros que ficaram retidos nos sistemas (e-SUS-Notifica e Sivep-Gripe), há predomínio da variante Ômicron, o que evidencia tendência de aumento da transmissão da doença, já observada na Europa e mais recentemente na América do Sul, principalmente na Argentina e no Uruguai.

Nas duas primeiras semanas epidemiológicas de 2022, a média ficou em 130 óbitos diários, revelando pequeno aumento na comparação com o início de dezembro de 2021. Segundo os cientistas, a redução da gravidade dos casos de covid-19 deve-se à alta cobertura da vacinação alcançada por esses países, incluindo o Brasil.

Em países com baixa cobertura vacinal, como alguns da Europa Oriental e do Oriente Médio, a letalidade permanece alta. Para os pesquisadores, isso deixa claro que “a variante Ômicron pode, em contextos de baixa cobertura vacinal, causar aumento de quadros clínicos graves e levar à morte grande parte dos infectados”.

Síndrome respiratória

Levantamento do InfoGripe indicou, nas últimas semanas, tendência de aumento significativo da incidência de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) em todos os estados. As exceções foram Roraima e Rio de Janeiro, onde há estabilidade.

Com estimativas superiores a um caso por 100 mil habitantes, as taxas de SRAG são consideradas altas em todos os demais estados. Em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, as taxas estão próximas de 10 casos por 100 mil habitantes (9,6 e 8,8 casos por 100 mil habitantes, respectivamente).

Conforme o boletim, o quadro de SRAG no Brasil, analisado com dados até a primeira Semana Epidemiológica de 2022, preocupa, já que o total observado atingiu 13 mil casos no período compreendido pelas duas últimas semanas de 2021 e a primeira de 2022. “Os casos de SRAG envolvem hospitalizações e óbitos por vírus respiratórios, e esse crescimento significativo ocorre em meio à disseminação da variante Ômicron no país, assim como à circulação de vírus da influenza em vários estados”, diz o documento.

Vacinação

Os pesquisadores destacam a importância da campanha de vacinação, que “alcançou resultados positivos e demonstrou a efetividade dos imunizantes, sobretudo para reduzir hospitalizações e óbitos”. Eles ressaltam, entretanto, que, após um ano de vacinação, os desafios ainda permanecem.

Entre os desafios, destaca-se a necessidade de avançar com a cobertura vacinal em populações com menor acesso aos imunizantes ou grupos com resistência às vacinas; de aumentar a cobertura de vacinação infantil iniciada recentemente e de prover doses de reforço para proteção mais efetiva, inclusive contra novas variantes do coronavírus, como a Ômicron.

Outro desafio é diminuir a heterogeneidade entre estados e municípios na cobertura vacinal. Os cientistas lembram ainda a importância da autossuficiência na produção de vacinas, que permitirá maior autonomia na oferta de doses.

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

Publicado em 21/07/2021

Desse total, 125,3 milhões de doses já foram aplicadas.

O Ministério da Saúde (MS) ultrapassou a marca de mais de 160 milhões de vacinas contra a covid-19 distribuídas para os estados e Distrito Federal. Desse total, 125,3 milhões de doses já foram aplicadas. São 90,6 milhões de pessoas com a primeira dose, isto é, 56,6% do público-alvo de 160 milhões de brasileiros com mais de 18 anos. Além disso, 34,7 milhões com a segunda dose ou com dose única aplicadas e com a imunização completa, segundo o ministério.

Do total de doses enviadas para as unidades da federação, 81,5 milhões são da AstraZeneca/Oxford, 60 milhões são da CoronaVac/Sinovac, 17,8 milhões da Pfizer/BioNTech e 4,7 milhões da Janssen, imunizante de dose única.

De acordo com ministério, o governo federal já contratou mais de 630 milhões de doses de vacinas covid-19, por meio de acordos com diferentes laboratórios, a serem entregues até o fim do ano. Esse quantitativo é suficiente para imunizar toda a população alvo do país, ou seja, pessoas com 18 anos ou mais, com ou sem comorbidades.

Segunda dose

Em nota, o Ministério da Saúde reforça que para imunização completa, é necessário que as pessoas tomem as duas doses. “A medida reforça o sistema imunológico e reduz as chances de infecção grave, gravíssima e, principalmente, óbitos em decorrência da covid-19”. No início de julho, lembra o ministério, foi lançada a campanha com a família do Zé Gotinha sobre a importância de todos completarem o esquema vacinal.

Por Agência Brasil – Belo Horizonte