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Recomendação favorável foi feita na semana passada pela comissão

Publicado em 21/06/2022

A Ucrânia deve se tornar uma candidata oficial à União Europeia, nesta quinta-feira, em uma decisão simbólica, mas que eleva o moral após a invasão do país pela Rússia, disseram ministros e diplomatas nesta terça-feira.

Espera-se que os líderes da UE em Bruxelas aprovem a recomendação da semana passada da Comissão Europeia, o órgão executivo da UE. Após vários dias de discussões internas do bloco, nenhuma oposição entre os 27 Estados membros surgiu, disseram três diplomatas à Reuters.

“Estamos trabalhando para dizer (ao presidente russo Vladimir) Putin que a Ucrânia pertence à Europa, que também defenderemos os valores que a Ucrânia defende”, afirmou o ministro de Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, a repórteres, antes de uma reunião com outros ministros da UE.

É quase certo que a Moldávia também receberá o status de candidata, segundo diplomatas, mas a Geórgia precisará cumprir condições que superem o impasse político no país.

Apesar de alguns receios entre países do norte da UE de que aceitar a Ucrânia, que sofre de corrupção endêmica, não é sustentável, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca disse que apoiou o status de candidatura.

“É muito bom e é algo que a Dinamarca apoia de todo o coração; queremos ajudar a Ucrânia a alcançar seu sonho europeu”, declarou Jeppe Kofod a repórteres, em Luxemburgo.

Embora a candidatura marque uma mudança estratégica para o leste da UE diante da guerra da Rússia na Ucrânia, Kiev provavelmente levaria anos para se tornar membro do bloco.

*Por Bart Meijer, Francesco Guarascio e Robin Emmott – Repórteres da Reuters – Bruxelas

Fonte: Agência Brasil

Chanceler ucraniano diz que vai pedir mais armas à Otan

Publicado em 07/04/2022

O Pentágono diz que a Ucrânia pode ganhar a guerra contra a Rússia, apesar do ceticismo de alguns altos funcionários norte-americanos que falam do risco de um conflito prolongado. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou, nesta quinta-feira (7), que vai pedir o envio de mais armamento à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Claro que podem ganhar. A prova está literalmente nos resultados que estão obtendo todos os dias. Eles podem ganhar”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby no Twitter.

Ele lembrou o que as forças ucranianas conseguiram até agora: “Putin não alcançou nenhum dos seus objetivos estratégicos na Ucrânia. Não conquistou Kiev e não derrubou o governo. Só tomou o controle de pequeno número de centros populacionais”.

“E não foram os que procurava. Por isso, Mariupol ainda não foi tomada. Tirou as forças de Kiev de Cherniniv. Não conquistou Kharkiv nem Mykolayiv, no Sul da Ucrânia”.

Segundo John Kirby, “os ucranianos lutam corajosamente pelo seu país. E negaram a Putin os seus objetivos estratégicos. Eles podem vencer”.

Apelo

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que vai pedir o envio de mais armamento, nas reuniões marcadas para hoje com aliados da Otan, em Bruxelas.

Drones

Cem drones de combate, que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, anunciou há duas semanas que seriam enviados à Ucrânia já chegaram ao país, informou o Departamento de Defesa.

O porta-voz do Pentágono disse que os drones, com ogivas antiblindados, chegaram à Ucrânia no início da semana.

Agora “estamos conversando com os ucranianos sobre o uso dos drones, acrescentou.

John Kirby lembrou que os ucranianos não estão familiarizados com o uso desse tipo de dispositivo e que precisam de formação militar.

Um pequeno grupo de militares ucranianos, que se encontrava nos EUA antes do início da invasão russa, está recebendo formação sobre o uso dos drones de combate.

O porta-voz disse que esses militares poderão agora dar formação a outros soldados quando regressarem à Ucrânia.

Segundo Kirby, essa tecnologia não é muito complicada de usar, e um militar pode ser “treinado adequadamente em alguns dias”.

A Casa Branca anunciou ontem que vai fornecer mais US$ 100 milhões em ajuda militar à Ucrânia, aumentando o apoio dos norte-americanos para US$ 1,7 bilhão desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

John Kirby afirmou, em comunicado, que o apoio continuará a ser dado em sistemas antiblindados, incluindo mísseis Javelin, que os EUA têm fornecido à Ucrânia.

*Matéria alterada para correção de valor no penúltimo parágrafo (US$ 1,7 bilhão e não US$ 1, 7 milhão)

Por RTP* – Washington

Fonte: Agência Brasil*

Auxílio inclui sistemas aéreos e de defesa e veículos blindados

Publicado em 31/03/2022

O Reino Unido e seus aliados concordaram em enviar mais ajuda militar letal à Ucrânia para ajudar na defesa contra a invasão russa, afirmou o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, nesta quinta-feira (31).

“Haverá mais auxílio letal chegando à Ucrânia, como resultado de hoje. Alguns países apresentaram novas ideias ou ainda mais promessas de dinheiro”, afirmou Wallace a jornalistas, após receber 35 parceiros internacionais na segunda Conferência Internacional de Doadores de Defesa para a Ucrânia (IDDCU, na sigla em inglês).

O auxílio irá incluir a oferta de novos sistemas aéreos e de Defesa, baterias de artilharia de longo alcance e contra-ataque, veículos blindados, e também treinamentos mais amplos e apoio logístico.

“A conferência de doadores de hoje demonstra a determinação da comunidade internacional de apoiar a Ucrânia diante da invasão ilegal e não-provocada do presidente Putin e de suas forças russas”, afirmou Wallace posteriormente em nota.

“Estamos intensificando nossa coordenação para intensificar o apoio militar e garantir que as Forças Armadas da Ucrânia fiquem mais fortes enquanto continuam repelindo as forças russas.”

Moscou chama a invasão iniciada no dia 24 de fevereiro de “operação militar especial”, com o objetivo de desmilitarizar e “desnazificar” o país vizinho – algo que a Ucrânia e o Ocidente classificam como um pretexto sem base para a guerra.

Por Reuters – Londres

Fonte: Agência Brasil

País deve manter hoje negociações presenciais com a Rússia em Istambul

Publicado em 28/03/2022

Ucrânia e Rússia devem manter, nesta segunda-feira (28), as primeiras negociações de paz presencialmente, em mais de duas semanas., Kiev insiste que não fará concessões sobre a integridade territorial da Ucrânia, conforme o clima no campo de batalha muda a seu favor.

Autoridades ucranianas minimizaram chances de grande avanço nas negociações, que serão realizadas em Istambul depois que o presidente turco, Tayyip Erdogan, falou com o líder russo, Vladimir Putin, nesse domingo.

O fato de a conversa ocorrer pessoalmente, pela primeira vez desde uma reunião amarga entre ministros das Relações Exteriores em 10 de março, é um sinal de mudanças nos bastidores, à medida que a invasão russa enfrenta dificuldades.

No terreno, não havia sinal de alívio para civis em cidades sitiadas, especialmente no devastado município portuário de Mariupol, cujo prefeito disse que 160 mil pessoas estavam retidas. Ele acusou a Rússia de impossibilitar a retirada.

Uma autoridade turca de alto escalão afirmou que as negociações de Istambul começam nesta segunda-feira, mas o Kremlin disse mais tarde que não devem começar até terça-feira, acrescentando que é importante que elas ocorram pessoalmente, apesar do escasso progresso até agora.

Mykhailo Podolyak, chefe da delegação ucraniana, informou à Reuters que o horário de início depende da chegada das delegações. 

Autoridades ucranianas têm sugerido repetidamente, nas últimas semanas, que acreditam que a Rússia poderia estar mais disposta a se comprometer,. Para as lideranças, qualquer esperança que Moscou possa ter de impor novo governo a Kiev desapareceu diante da forte resistência ucraniana e das pesadas perdas russas.

As Forças Armadas da Rússia sinalizaram, na semana passada, que estavam mudando o foco para se concentrar na expansão do território controlado pelos separatistas no Leste da Ucrânia, um mês depois de terem comprometido a maior parte de sua enorme força de invasão em um ataque fracassado a Kiev.

Quando os lados se encontraram pessoalmente pela última vez, a Ucrânia acusou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, de ignorar os apelos para discutir um cessar-fogo. Lavrov disse que a interrupção dos combates nem estava na agenda.

Desde então, eles têm feito reuniões por videoconferência, em vez de presencialmente. Os dois lados discutiram publicamente o progresso em uma fórmula diplomática, sob a qual a Ucrânia pode aceitar algum tipo de status formal neutro. Mas nenhum deles cedeu às demandas territoriais da Rússia, incluindo a Crimeia, que Moscou apreendeu e anexou em 2014, e territórios orientais conhecidos como Donbass, que Moscou exige que Kiev ceda aos separatistas.

“Não acredito que haverá qualquer avanço nas principais questões”, disse o assessor do Ministério do Interior ucraniano, Vadym Denysenko.

Por Reuters* – Lviv (Ucrânia) e Ancara

Fonte: Agência Brasil*

Centenas de milhares de civis estão sitiados na cidade portuária

Publicado em 21/03/2022

A Rússia deu ontem (20) um ultimato à Ucrânia, para que entregasse a cidade de Mariupol, com a deposição de armas por parte dos militares ucranianos. A Ucrânia tinha até as 5h da manhã de hoje (21) para anunciar a sua decisão. A vice-primeira-ministra do país, Iryna Vereshchuk, anunciou, no entanto, que a cidade portuária não vai se render e pediu a abertura de corredores humanitários.

“Não pode haver nenhuma rendição, deposição de armas. Já informamos o lado russo sobre isso”, afirmou Vershchuck, segundo a Reuters.

Antes da guerra, Mariupol abrigava cerca de 400 mil pessoas. Agora, centenas de milhares de civis ucranianos estão sitiados na cidade portuária, que fica a aproximadamente 60 quilômetros da fronteira com a Rússia e está situada no Mar de Azov, portanto com localização estratégica para a Rússia, que quer ter entrada terrestre para o país e ligação com a Crimeia – que foi anexada pelos russos em 2014.  

A proposta russa era de que, após a rendição de Mariupol, abririam-se corredores humanitários para evacuar os civis que estão na cidade, que sofre com desabastecimento. Mariupol é a cidade mais atingida pelos bombardeios russos que começaram no dia 24 de fevereiro. A cidade está sem água, eletricidade e gás. Os moradores sofrem também com escassez de comida e remédios.

Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional Russo de Gerenciamento de Defesa, em nota distribuída pelo Ministério da Defesa da Rússia, havia pedido aos ucranianos para que se rendessem. “Uma terrível catástrofe humanitária está acontecendo. Todos os que baixarem as armas têm a garantia de uma passagem segura para fora de Mariupol”. Ele acusa os próprios ucranianos de estarem assassinando seus cidadãos.

O presidente russo, Vladimir Putin, chama a guerra de “operação militar especial” e diz estar defendendo Ucrânia de um governo “nazista”. O Ocidente acusa a Rússia de usar essas acusações como pretexto para invadir e tomar o país.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que pelo menos 902 civis foram mortos até a meia-noite de sábado (19), embora o número real seja provavelmente muito maior. A agência de refugiados da ONU, Acnur, afirmou que 10 milhões de ucranianos foram deslocados, incluindo cerca de 3,4 milhões que fugiram para países vizinhos como a Polônia.

Por Agência Brasil – Brasília

Um fica na cidade de Lviv e o outro em Chisinau, na Moldávia

Publicado em 02/03/2022

Palácio do Itamaraty na Esplanada dos Ministérios

O Itamaraty anunciou a abertura de dois postos de atendimento consular para “aperfeiçoar os mecanismos emergenciais de assistência aos cidadãos brasileiros que buscam deixar a Ucrânia”. Os locais vão auxiliar na emissão de documentos de viagem e na “retirada, ordenada e segura”, de brasileiros do território ucraniano.

Um dos postos fica na cidade de Lviv, perto da fronteira com a Polônia, país para onde os brasileiros, em grande parte, estão se dirigindo. O outro fica em Chisinau, capital da Moldávia. Essa base vai facilitar a assistência a brasileiros que buscam sair da Ucrânia pela  Romênia, em razão do conflito com a Rússia.

Casos de emergência

“Por força da deterioração da situação de segurança em Kiev, embaixadas de vários outros países têm igualmente estabelecido missões de apoio fora da capital da Ucrânia, sobretudo em Lviv”, disse o Itamaraty, em nota emitida na noite de ontem (1º).

“Em casos de emergência, o plantão consular brasileiro pode ser contatado pelo número de telefone +55 61 98260-0610”, acrescentou. A embaixada em Kiev, na Ucrânia, lembrou o Ministério das Relações Exteriores, continua transmitindo orientações por meio de mensagens no site, na página no Facebook e por um grupo no Telegram.

Por Agência Brasil – Brasília

Ao menos 10 pessoas morreram e 35 estão feridas

Publicado em 01/03/2022

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje (1º) que os bombardeios russos na cidade de Kharkiv constituem um “crime de guerra”. Enfatizou que a defesa da capital Kiev é nesta altura a “prioridade”.

“O ataque contra Kharkiv é um crime de guerra. É terrorismo de estado. Os russos estão avançando na capital, como em Kharkiv. Por isso, a defesa da capital é hoje a principal prioridade”, afirmou Zelensky num vídeo publicado numa rede social.

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, pediu mais sanções internacionais contra a Rússia após um ataque que classifica como “bárbaro” contra a cidade de Kharkiv.

Pelo menos dez pessoas morreram e 35 ficaram feridas nesta terça-feira nos ataques russos das últimas horas ao centro de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

A informação foi dada por um assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko. Ele disse ainda que há buscas junto dos escombros e o número de vítimas e feridos poderá aumentar.

Por RTP * – Lisboa – Kiev

Fonte: Agência Brasil*