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Cidade registrou 49 infecções nas últimas 24 horas

Publicado em 09/05/2022

Vários parques em Pequim foram hoje (9) fechados, no momento em que a capital chinesa estabelece mais restrições para conter a propagação do novo coronavírus, à medida que o número de novos casos diários continua a aumentar.

A cidade registrou 49 infecções nas últimas 24 horas, incluindo 16 casos assintomáticos, elevando o total da atual onda para pouco mais de 700.

A China pratica política de ‘zero casos’, que inclui o isolamento de bairros ou cidades inteiras, sempre que um surto é detetado.

Chaoyang e Shunyi – os dois distritos de Pequim no centro das últimas infecções – estão paralisados. Os moradores foram instruídos a ficar em casa e os habitantes de outras áreas da cidade proibidos de entrar nas zonas afetadas.

Todos os serviços de transporte público em Chaoyang – que abriga quase 4 milhões de pessoas e muitos complexos comerciais – foram interrompidos, e os funcionários de escritório estão trabalhando em casa.

O Parque Chaoyang, um dos maiores de Pequim, foi fechado até novo aviso, juntamente com a Floresta Olímpica e os parques de Shunyi.

“O número de novos casos ainda está em níveis altos”, disse o porta-voz do governo municipal de Pequim, Xu Hejian, nesse domingo.

“A batalha contra o vírus está num impasse. Devemos intensificar o controlo em áreas-chave”, afirmou.

Os moradores de Pequim passaram por três rodadas de testes em massa desde o início do surto, juntamente com outras medidas de precaução, para impedir a propagação da doença.

No distrito de Dongcheng – o centro cultural da cidade – as pessoas devem apresentar um resultado de teste PCR negativo feito nos sete dias anteriores para ter acesso a locais públicos.

As reclamações sobre a inconveniência causada pelas medidas antiepidêmicas aumentaram.

Um consultor português radicado na capital chinesa, que prefere não ser identificado, disse à Lusa ter recebido ordem para ficar em casa nos próximos 17 dias, após dois moradores no seu condomínio terem testado positivo.

O condomínio, situado na zona oeste de Pequim, é composto por 12 prédios e abriga mais de cinco mil pessoas. Todos os moradores vão ter que cumprir quarentena e serão sujeitos a seis rondas de testes.

Grades foram colocadas em torno dos edifícios, para impedir a saída dos moradores, segundo fotografias partilhadas pelo consultor.

“Todos os prédios foram cercados com barricadas, apesar de apenas em um edifício existirem dois moradores que testaram positivo”, descreveu. “Isso faz algum sentido?”, perguntou.

Por RTP* – Pequim

Fonte: Agência Brasil

20 milhões de pessoas serão testadas três vezes esta semana

Publicado em 27/04/2022

Milhões de pessoas em Pequim fizeram, hoje (27), o segundo teste de covid-19 da semana, enquanto a capital chinesa tenta impedir que um surto se transforme em uma crise como a que provocou um lockdown na cidade de Xangai.

Evidências de que o isolamento de um mês em Xangai se tornou quase insuportável para muitos dos 25 milhões de habitantes da cidade estão surgindo quase diariamente na internet fortemente censurada do país.

Um vídeo amplamente divulgado mostrava um estrangeiro tentando romper barreiras de metal em uma rua de Xangai, antes de ser puxado para trás e arrastado para o chão por quatro pessoas em trajes de proteção contra materiais perigosos.

“Quero morrer”, gritou o homem repetidamente em chinês e inglês. Uma das pessoas que o seguravam respondeu: “você veio para a China, você precisa respeitar as leis e regulamentos aqui.”

“Calma, calma”, diz outro. A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar imediatamente a autenticidade do vídeo.

Essas cenas angustiantes estão sendo observadas com apreensão em Pequim, e o governo espera que os testes em massa poupe a cidade do sofrimento de Xangai, onde as autoridades aguardaram cerca de um mês enquanto os casos aumentavam antes de ordenar a triagem em toda a cidade.

Alimentos em supermercados

Em Pequim, os supermercados mantêm estoques bem abastecidos sob ordens do governo. Shi Wei, de 53 anos, aposentado, disse que se sentia esperançoso pelo baixo número de casos da capital, mas ele se mostrava nervoso.

“Nos últimos dois dias, toda vez que vou ao supermercado, há muitas pessoas, então apenas me viro e saio, pois me sinto um pouco inseguro. Posso entender o pânico, dado o que aconteceu em Xangai,” relatou.

Geng, de 31 anos, que trabalha em finanças e só deu seu sobrenome, afirmou estar preocupado em ser um contato próximo de um caso de covid-19 e ser forçado a ficar em quarentena com toda a família.

Pequim estava testando os mais de 3,5 milhões de moradores de seu distrito de Chaoyang nesta quarta-feira. Todos foram testados na segunda-feira. Na terça-feira, 16 milhões em outros distritos

No total, 20 milhões dos 22 milhões de habitantes de Pequim serão testados três vezes esta semana.

Moradores fazem fila para realizar teste de detecção de Covid-19 em Pequim

Moradores fazem fila para realizar teste de detecção de covid-19 em Pequim – (Reuters/Tingshu Wang/Direitos Reservados)

Os resultados de quase todas as amostras da primeira rodada foram divulgados na quarta-feira, com 12 tubos de amostras mistas dando positivo, disse uma autoridade de saúde de Pequim. Cerca de 46 novos casos foram identificados desde a terça-feira.

Nos testes em massa na China, várias amostras são testadas juntas em um único tubo para velocidade e eficiência.

Por agência Reuters * – Pequim

Fonte: Agência Brasil*

Pela 1ª vez Brasil tem melhor desempenho olímpico ao ficar no top 20

Publicado em 20/02/2022

Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022 – Bobsled. Equipe brasileira do 4-man do bobsled. Da esquerda para a direita: Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna e Rafael Souza.

O último dia de provas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim (China) reservou fortes emoções para a delegação brasileira e especialmente o baiano Edson Bindilatti, do bobsled, de 42 anos. Ele já havia anunciado que se aposentaria ao fim da participação e cumpriu a missão de forma notável. Junto aos colegas Edson Martins, Erick Vianna e Rafael Souza na prova do 4-Man (quartetos), ele foi um dos responsáveis por levar o Brasil à final olímpica da prova pela primeira vez na história. A equipe verde-e-amarela alcançou a 20ª colocação.

Ao fim da prova – e da carreira -, Bindilatti disse estar com a sensação de dever cumprido por finalmente ter conseguido um lugar entre os 20 melhores trenós dos Jogos Olímpicos em sua quinta participação em Olimpíadas. Ele esteve em Salt Lake City (2002), Turim (2006), Sochi (2014) e Pyeongchang (2018).

“Foram muitos anos de trabalho, dedicação, muita luta. O Brasil é isso, é coisa grande. Tivemos muitas dificuldades para chegar até aqui, mas só tenho agradecer porque a gente focou em resultado, evolução, em crescer, não ficamos nos lamentando”, opinou o atleta em declaração dada ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Na prova deste domingo (20), a equipe brasileira buscava coroar a carreira do seu integrante mais experiente com o resultado inédito. Na véspera, nas duas primeiras descidas, o Brasil havia conseguido ficar entre os 20 melhores tempos – que avançam para a final e fazem uma quarta descida – em ambas as oportunidades, registrando o 16º e o 20º lugar, respectivamente.

No entanto, na terceira descida, já no domingo, os brasileiros fizeram o 23º melhor tempo entre os 28 trenós participantes. Após certa apreensão pela confirmação ou não da vaga, o Brasil enfim respirou aliviado com a boa notícia: o bobsled brasileiro pela primeira vez avançava para a final.

Na derradeira descida, o quarteto do país fez o 16º melhor tempo, encerrando a participação com o 20º lugar no desempenho geral.

“Foi lindo porque chegar aos 42 anos em alto rendimento e pegar uma final olímpica, mostra que se você tem o objetivo, tem dedicação, uma hora vai dar certo”, declarou Bindilatti.

O resultado expressivo foi dedicado ao ex-companheiro Odirlei Pessoni, que faleceu em março de 2021, vítima de um acidente de moto. Ele fazia parte da equipe que se preparava para Pequim. Pessoni participou dos Jogos de Sochi e Pyeongchang. Rafael Souza ocupou o lugar de Pessoni na China.

“Depois da terceira descida, tivemos que nos motivar novamente. Lembramos que ele era o cara que sempre animava a equipe e todos falamos: vamos lá, é por ele também. E conseguimos fazer uma quarta descida melhor”, completou Souza.

Por EBC – Rio de Janeiro

Fonte: Agência Brasil

Ela se tornou a primeira brasileira a competir pelo país no Skeleton

Publicado em 12/02/2022

A gaúcha Nicole Silveira ficou, neste sábado (12), na 13º posição no Skeleton nos jogos olímpicos de inverno de Pequim (China) e atingiu três feitos relevantes: o segundo melhor resultado brasileiro na história dos Jogos, ficando atrás apenas da snowboarder Isabel Clark, nona colocada nos Jogos de Turim 2006 (Itália). Além disso, obteve o melhor resultado do esporte na América Latina e conquistou o melhor resultado do Brasil nos esportes de gelo, já que Isabel competiu na neve.

Natural de Rio Grande (RS), com 27 anos, Nicole Silveira fez a primeira descida em 1min02s58. Já a segunda ela terminou com o tempo de 1min02s95. Por fim, 1Min02s55 e 1min02s40 foram as terceira e quarta descidas, respectivamente. Ela somou ao todo 4min10s48 no Centro de Esportes de Pista de Yanqing.

Após a disputa, Nicole, que foi a responsável por promover a estreia do país na modalidade nos Jogos de inverno, vibrou com o resultado.

“É muito especial. Eu e o meu treinador conversamos e se ele tivesse me dito que o objetivo era chegar nos Jogos Olímpicos e terminar em 13º, na frente de grandes nomes, eu não teria acreditado. Vendo o que eu consegui aprender e fazer hoje aqui, me mostra que eu tenho potencial, mas que tenho muito a evoluir. Estou muito animada para as próximas temporadas e já quero começar de novo”, disse a atleta.

O ouro no Skeleton foi conquistado pela alemã Hannah Neise, com 4min07s69. Já a australiana Jaclyn Narracott, somando 4min08s24, colocou a medalha de prata no peito. E o bronze ficou com a holandesa Kimberley Bos, 3min06s47.

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro

Brasil estreia antes da abertura, na quinta (3), com Sabrina Cass

Publicado em 31/01/2022

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) escolheu como porta-bandeiras do país a mineira Jaqueline Mourão (esqui cross-country) e o baiano Edson Bindillati (trenó de bobsled) na cerimônia de abertura da Olimpíada de Inverno, na próxima sexta-feira (4), em Pequim. A dupla é recordista de participações em Jogos: ela já disputou oito vezes e ele cinco. O evento de abertura de Pequim 2022 está programado para às 9h (horário de Brasília) no exuberante estádio Ninho do Pássaro, que também foi palco da cerimônia de início dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008).

“Dois atletas com uma carreira exemplar, dentro e fora das competições. Sempre procurando evoluir em seus resultados, com uma dedicação ímpar e muita vontade de ser exemplo para as próximas gerações. Não é à toa, a longevidade de ambos competindo em alto rendimento, chegando à quinta edição de Jogos Olímpicos de Inverno”, disse disse Anders Pettersson, chefe da Missão Pequim 2022, ao anunciar os porta-bandeira na noite deste domingo (30). 

Ambos os atletas já foram porta-bandeiras – Jaqueline, de 46 anos, na abertura dos Jogos de Sochi (2014) e Edson em PyeongChang (2018) – mas esta será a primeira vez que desfilarão juntos.

“É uma satisfação gigantesca, uma notícia maravilhosa ainda mais por estar ao lado dessa lenda dos esportes de neve de inverno que é a Jaqueline”, disse Bindilatti, de 42 anos.

Brasil estreia na véspera da abertura

delegação brasileira conta com 11 atletas, e o primeiro deles a competir em Pequim 2022 será a esquiadora Sabrina Cass, de 19 anos, estreante nos Jogos de Inverno. A prova de esqui estilo livre, prevista para às 7h da próxima quinta (3) no Zhangjakou Gent Snow Park, prevê descida de montanha, com pequenas ondulações. Além do percurso em velocidade, os atletas também podem executar saltos. 

A brasileira foi campeã mundial em 2019 na prova de moguls (pista ondulada) – na época Sabrina defendia os Estados Unidos. A esquiadora estreou como atleta brasileira em novembro, na Suécia: ficou em nono lugar no Aberto de Idre Fjall. 

Por Agência Brasil – Rio de Janeiro