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Medida é tomada após denúncias de crimes de guerra

Publicado em 06/04/2022

Os Estados Unidos (EUA) e aliados ocidentais vão impor sanções adicionais ao Kremlin, incluindo a proibição de qualquer novo investimento na Rússia, após denúncias de crimes de guerra na Ucrânia, informou a Casa Branca.

Entre as medidas tomadas estão  ampliação de sanções contra instituições financeiras e empresas estatais russas e contra funcionários do governo e familiares, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

“A meta é forçá-los a fazer uma escolha. A maior parte do nosso objetivo aqui é esgotar os recursos que [o presidente russo, Vladimir] Putin tem para continuar sua guerra contra a Ucrânia”.

As sanções visam a aumentar o “isolamento” econômico, financeiro e tecnológico da Rússia, como forma de penalização pelos ataques a civis na Ucrânia, afirmou Jen Psaki.

Segundo a porta-voz,  as imagens de massacres na cidade de Bucha, nos arredores de Kiev, são apenas “a ponta do iceberg“. Para ela, “provavelmente” as forças russas “também cometeram atrocidades” em outras partes da Ucrânia.

Psaki disse ainda que o governo avalia “medidas adicionais”, acrescentando que o presidente norte-americano Joe Biden não pensa em nenhuma ação militar na Ucrânia.

Também nessa terça-feira, o Departamento do Tesouro norte-americano decidiu bloquear quaisquer pagamentos da dívida do governo russo com dólares americanos, provenientes de contas em instituições financeiras dos EUA, dificultando o cumprimento das obrigações financeiras por parte da Rússia.

Ajuda militar

Os EUA anunciaram ajuda militar adicional à Ucrânia, no valor de US$ 100 milhões, para combater a invasão russa.

Em comunicado, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que a medida é para atender à urgente necessidade que a Ucrânia tem por mais sistemas antitanque Javeli. Esses sistemas já foram fornecidos pelos Estados Unidos à Ucrânia e têm sido usados de forma eficaz para defender o país.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU. A organização alerta para a possibilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas estimam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armas à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.

Por RTP – Washington

Fonte: Agência Brasil

Grupo também condenou ataque russo a civis ucranianos

Publicado em 04/03/2022

Os ministros das Relações Exteriores do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) disseram nesta sexta-feira (4) que estão “profundamente preocupados” com o impacto humanitário dos “ataques contínuos da Rússia” contra a população civil da Ucrânia e acrescentaram que vão responsabilizar os culpados ​​​​por crimes de guerra.

“Reenfatizamos que ataques indiscriminados são proibidos pelo direito internacional humanitário. Vamos responsabilizar os culpados ​​por crimes de guerra, incluindo o uso indiscriminado de armas contra civis”, disseram ministros das Relações Exteriores do G7 em comunicado conjunto divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Os ministros das Relações Exteriores de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA também pediram à Rússia que pare os ataques nas “vizinhanças das usinas nucleares da Ucrânia”.

Forças russas na Ucrânia tomaram a maior usina nuclear da Europa nesta sexta-feira em um ataque que causou alarme em todo o mundo e que Washington disse ter arriscado uma catástrofe, embora autoridades tenham dito mais tarde que a instalação agora estava segura.

Os ministros do G7 acrescentaram que seus países continuarão a impor mais sanções em resposta à agressão russa, que eles disseram ter sido permitida por Belarus.

“O presidente Putin, seu governo e apoiadores, e o regime de [Aleksandr] Lukashenka [presidente da Belarus] , têm total responsabilidade pelas consequências econômicas e sociais dessas sanções”, disse o comunicado conjunto dos ministros das Relações Exteriores do G7.

Os países do G7 também se comprometeram a aumentar o apoio humanitário à Ucrânia. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, encontrou-se com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas, pedindo aos aliados e parceiros da Otan que forneçam à Ucrânia equipamentos e suprimentos para lidar com a invasão da Rússia.

Por Reuters* – Bengaluru (India)

Fonte: Agência Brasil*