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Resultado é 17,4% maior que total colhido na safra anterior

10/08/2023

A estimativa para a produção de grãos na safra 2022/23 é de 320,1 milhões de toneladas. O montante, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representa incremento de 17,4% e volume de 47,4 milhões de toneladas a mais que o total colhido no ciclo passado.

Em nota, a Conab destacou que o resultado é reflexo da combinação de ganhos de área e de produtividade das lavouras. “Enquanto a área apresenta alta de 5% em relação à safra 2021/22, chegando a 78,3 milhões de hectares, a produtividade média registra elevação de 11,8%, saindo de 3.656 quilos por hectare para 4.086”. 

Milho 

A colheita do milho segunda safra, segundo a companhia, segue avançando e ultrapassa 64,3% da área plantada. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra ultrapassa 100 milhões de toneladas, maior produção já registrada na série histórica.  

Para a terceira safra, embora existam registros de pontos de estiagem em Alagoas e no nordeste da Bahia, as chuvas regulares de modo geral favorecem o bom desenvolvimento das lavouras. “Com o bom desempenho, a colheita total do cereal está projetada em aproximadamente 130 milhões de toneladas, 16,8 milhões de toneladas a mais do que na temporada passada”. 

Algodão 

A Conab prevê uma produção de 7,4 milhões para o algodão em caroço, o equivalente a 3 milhões de toneladas de pluma. A colheita, iniciada em junho, fechou julho com cerca de 30%, um atraso em relação à safra anterior, quando atingia 49,3%. 

Feijão 

Já o feijão deve ter uma colheita 2,6% superior ao resultado obtido no ciclo 2021/22, estimada em 3,07 milhões de toneladas. Na terceira safra, as condições climáticas, segundo o levantamento, vêm favorecendo o desenvolvimento das lavouras, onde prevalecem os estágios de floração, enchimento de grãos e maturação. 

Soja e arroz 

Produtos da safra de verão, soja e arroz têm produção estimada em 154,6 milhões de toneladas e 10,03 milhões de toneladas, respectivamente. No caso da oleaginosa, os destaques citados pelo balanço são Mato Grosso, maior produtor do grão no país, com 45,6 milhões de toneladas, e Bahia, estado com a maior produtividade – 4.020 quilos por hectare. 

Para o arroz, mesmo com o clima mais favorável, a redução observada na produção se deve ao plantio de área 8,5% inferior. 

Trigo 

Entre os produtos de inverno, o trigo registra crescimento na área plantada de 11,2%, chegando a 3,4 milhões de hectares. Com isso, a produção está estimada em 10,4 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido na safra anterior. 

*Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Fonte: Agência Brasil

Nova estimativa prevê redução de 3,2 milhões de toneladas

Publicado em 12/01/2023

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a previsão da safra de grãos brasileira 2022/23 de 312,2 milhões para 310,9 milhões de toneladas. Os dados constam do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023, divulgado hoje (12). De acordo com a companhia, a revisão se deu em razão do clima adverso em algumas regiões produtoras, em especial no Rio Grande do Sul, que impactaram a produtividade principalmente de milho e soja.

Segundo a Conab, “o clima adverso, com excesso de chuvas e baixas temperaturas, atrasou a semeadura dos grãos em parte dos estados das regiões Sul e Sudeste. Além disso, também houve restrições hídricas, aliadas à baixa umidade do solo em parte da Região Centro-Oeste e na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”.

“Isso significa uma redução de 0,4% em relação ao anúncio passado, que foi em dezembro, em decorrência principalmente da redução da produção da produtividade do milho primeira safra e da soja, causada pela restrição hídrica no Rio Grande do Sul”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

Entretanto, o levantamento mostra que a soja, o principal produto cultivado no país, está com o plantio próximo da conclusão, com expectativa de produção para a oleaginosa em 152,7 milhões de toneladas, 22,2% superior à da safra 2021/22.

A Conab disse que o plantio do milho primeira safra está na reta final, restando apenas áreas no Rio Grande do Sul e no Matopiba para concluírem as operações.

“As condições climáticas variaram nas regiões produtoras, com excesso de precipitações em Goiás e Minas Gerais, e baixos volumes ou mesmo ausência de chuvas no Maranhão e no sul do Brasil. A produção prevista para este ciclo é de 26,46 milhões de toneladas, 5,7% superior ao obtido na temporada passada”, disse a companhia.

Para o arroz, a Conab prevê uma redução de área de 9,3%, estimada em 1,5 milhão de hectares, com previsão de produção de 10,4 milhões de toneladas. Também é esperado uma queda de 1,8% na área total prevista a ser semeada de feijão. Já a colheita somando as três safras do produto pode chegar a 2,96 milhões de toneladas.

Dentre as culturas de inverno, o destaque ficou o trigo, que teve a colheita encerrada. A produção do cereal atingiu um novo recorde, estimada em 9,8 milhões de toneladas, volume 27,2% acima quando comparado à safra passada. O resultado é influenciado tanto pelo crescimento da área quanto pelas boas condições climáticas.

-*Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – São Luís

Fonte: Agência Brasil

O crescimento em relação à safra anterior é de 10 milhões de toneladas

Publicado em 10/03/2022

Colheita de soja, soja, grãos

A safra de grãos 2021/2022 deve alcançar 265,7 milhões de toneladas, um crescimento de 10 milhões de toneladas na comparação com o ciclo anterior, informou hoje (10) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa, que faz parte do sexto levantamento da safra, aponta ainda para um aumento de 4,3% na área destinada à plantação, estimada em 72,7 milhões de hectares. Segundo a Conab, o aumento na área plantada se deve à incorporação de 3 milhões de hectares, em sua maioria voltados para as plantações de soja e de milho.

Apesar da expectativa de aumento na colheita, quando comparada com o resultado obtido no período 2020/21, há uma leve perda na produção de 0,9% sobre o volume divulgado em fevereiro, quando eram esperadas 268,2 milhões de toneladas.

“A queda é reflexo da forte estiagem verificada, sobretudo, nos estados da Região Sul do país e no centro-sul de Mato Grosso do Sul. O clima adverso impactou de maneira expressiva as produtividades das lavouras de soja e milho 1ª safra, principalmente”, disse a Conab.

A Conab disse ainda que as atenções estão voltadas para a colheita da safra da soja, que já ultrapassa 50%. No total, foram plantados 40,7 milhões de hectares, acréscimo de 3,8% na área plantada em relação à safra 2020/2021. A expectativa é que a produção alcance 122,76 milhões de toneladas.

Segundo a Conab, o avanço da colheita da soja dita o ritmo do plantio do milho segunda safra. Atualmente, a empresa estima que a área destinada ao milho já está em 74,8% semeada. O destaque vai para o estado de Mato Grosso com 94% plantado. A previsão é de um plantio em uma área aproximada de 16 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 6,7% à safra anterior.

A expectativa da Conab é que a produção total do cereal cresça 29%, podendo chegar a 112,3 milhões de toneladas. O incremento é impulsionado pelo melhor desempenho principalmente da segunda safra do grão, que tende passar de 60,7 milhões de toneladas no período 2020/21 para 86,2 milhões de toneladas na atual temporada.

A Conab disse ainda que também há expectativa de crescimento para a safra do algodão. O levantamento divulgado nesta quinta-feira aponta um incremento de 19,7% na produção da fibra, podendo chegar a aproximadamente 6,9 milhões de toneladas, sendo 2,82 milhões de toneladas apenas da pluma.

Já a safra de feijão foi prejudicada parcialmente e vai apresentar perdas, em razão de “adversidades climáticas” especialmente no primeiro ciclo da cultura. A Conab informou que as lavouras de segunda safra da leguminosa estão em implantação ou em pleno desenvolvimento, com perspectiva de alcançar um bom resultado. Isso garantiria o abastecimento do mercado consumidor, equilibrando a oferta do grão.

No caso do arroz, a Conab prevê redução tanto na área cultivada quanto de produtividade. Com isso a produção estimada é de 10,3 milhões, queda de 12,1% em relação à safra 2020/21.

Fertilizantes

A Conab apresentou ainda o percentual de participação dos fertilizantes nos custos para as culturas de soja, milho e trigo. De acordo com o estudo, atualmente a participação fica dentro de uma margem entre 30% a 40% nos custos variáveis, a depender da região produtora e do produto analisado.

“No caso do trigo, os fertilizantes representam cerca de 33% dos custos variáveis em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, enquanto que no município paranaense de Cascavel o percentual chega a 38%. Para o milho 2ª safra, o peso destes insumos chega a 33% em Sorriso (MT). Já no cultivo de soja no município mato-grossense o percentual de participação dos fertilizantes atinge um índice de 37%”, disse a empresa.

A preocupação é que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia prejudique o fornecimento do insumo, aumentando o custo da produção e, consequentemente, os preços ao consumidor.

Os dados contemplam os preços praticados até fevereiro deste ano. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, cerca de 22% dos fertilizantes importados no último ano tiveram como origem a Rússia, seguido da China, com 15%, e o Canadá com 10%.

Por Agência Brasil – Brasília

Ceasas registram queda no preço da batata e alta da cebola

Publicado em 20/01/2022

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registrou oferta recorde de batata nas centrais de Abastecimento (Ceasas), no mês de dezembro. De acordo com o 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado hoje (20) pela companhia, o cenário proporcionou queda de preços em quase todos os mercados atacadistas analisados.

A exceção foi apenas Rio Branco (AC), onde houve alta mensal de 8,11%. Nas demais, as reduções chegaram a 36,86% em Curitiba (PR), 30% no Rio de Janeiro, 27,3% em São Paulo, 22,92% em Belo Horizonte e 15,23% em Campinas (SP), detalha o boletim. Com isso, a batata foi vendida, em média, a R$ 0,77 o quilo no Rio de Janeiro e a R$ 1,48 em Belo Horizonte, estados onde a hortaliça saiu mais barata. Ainda segundo o levantamento, outros mercados também apresentaram cotações mais baixas. É o caso de Brasília (4,21%),  do Recife (4%) e de Fortaleza (3,77%).

O Boletim Prohort faz levantamento de dados estatísticos da Conab, tendo por base nove das principais centrais de abastecimento do país. Entre as hortaliças e frutas analisadas estão alface, batata, cebola, cenoura, tomate, banana, laranja, maçã, mamão e melancia.

A cebola segue registrando preços altos em todas as Ceasas avaliadas. Esses aumentos superaram a margem de 30% em pelo menos três mercados atacadistas: Recife (37,44%), Rio de Janeiro (32,29%) e Brasília (30,08%). A alta do produto ficou em 24,69% na Ceasa de Rio Branco; 23,50% na de Curitiba; 20,79% em São Paulo; 20,10% em Campinas; 20% em Fortaleza; e 19,68% em Belo Horizonte.

Recuperação de mercado e inflação

De acordo com o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen, os resultados mostram que está em curso um realinhamento de preços, uma vez que o país exportou, ano passado, volume maior que o registrado nos outros anos. Na avaliação do diretor, isso indica “recuperação de mercados existentes e abertura de novos”.

“Outro ponto positivo do setor de hortifruti é que não estamos notando pressão inflacionária muito forte, porque temos produtos em alta, como a cebola, sendo compensados por preços em baixa,como a batata. Há equilíbrio entre preços. Como esses produtos têm participação nos índices de inflação, acabamos tendo equilíbrio entre preços”, disse.

Frutas

Situação semelhante foi observada nas frutas. “Laranja e melancia estão em queda, enquanto banana e mamão estão em alta. Isso é típico de fatores sazonais”, informou De Zen referindo-se à compensação desses produtos para o equilíbrio dos índices inflacionários. O boletim registrou baixa nos preços da melancia, graças à maior oferta do produto no último mês de dezembro.

De acordo com a Conab, o aumento de preço da banana foi causado pela “menor produção da variedade prata, por problemas climáticos e pelas exportações, que continuaram aquecidas”. No caso do mamão, além da queda na oferta, principalmente da variedade formosa, houve “aumento no valor dos insumos para produção, doenças fúngicas em decorrência das chuvas e as exportações, que aumentaram novamente”. A demanda segue regular para outras frutas típicas de fim de ano, como é o caso da ameixa e do pêssego. “O volume foi bem absorvido no varejo”, diz o levantamento.

Segundo a gerente de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Fraga, a laranja foi a única fruta que teve redução na comercialização externa, na comparação com 2020. “A redução foi de 49% em relação ao ano anterior. Em termos financeiros, a redução ficou em 78%”.

Alface

O diretor de Política Agrícola informou que houve casos de produtos que apresentaram “comportamentos erráticos”, devido a “fatores como intensidade de chuvas ou de granizo em cada região do país”.

Esses produtos têm “comportamento de oferta completamente diferente, o que faz com que preços flutuem de maneira disforme no total do país”. É o caso da alface que, segundo Joyce, mesmo diante da flutuação registrou aumento de 8% na oferta.

Por Agência Brasil – Brasília

Estimativa indica crescimento de 12,5% sobre a colheita anterior

Publicado em 11/01/2022

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (11) a quarta estimativa para a safra 2021/22 de grãos, em que prevê produção de 284,4 milhões de toneladas.

A cifra representa crescimento de 12,5% em relação à safra 2020/21, o equivalente a 32 milhões de toneladas. A previsão, contudo, foi reduzida em relação à terceira estimativa, que tinha sido de 291,1 milhões de toneladas.

Segundo a Conab, condições climáticas desfavoráveis no Sul do país prejudicaram as estimativas de produção da primeira safra de milho e da soja, com registro de um dezembro seco no Rio Grande do Sul, por exemplo.

O destaque continua sendo a soja, com incremento de 3,8% na área plantada e estimativa de produção de 140,5 milhões de toneladas, o que representa redução de 2,3 milhões de toneladas em relação à previsão anterior.

No caso do milho, a produção para a primeira safra está estimada em 24,8 milhões de toneladas. A previsão para a produção total, incluindo a segunda e a terceira safras, é 112,9 milhões de toneladas.

Outro destaque é o trigo, cuja safra já foi encerrada com colheita de 7,7 milhões de toneladas, resultado superior ao da safra anterior, apesar do registro de estiagens e geadas que prejudicaram a produção. Favoreceu a cultura o incremento da área plantada, informou a Conab.

Outra cultura que teve bom desempenho foi o algodão, com aumento de 1,5 milhão na área plantada e produção de pluma de 2,7 milhões de toneladas. No caso do arroz, porém, a área plantada se reduziu, e a produção está estimada em 11,38 milhões de toneladas.

O feijão também seguiu tendência de queda, com redução de 2% na área a ser semeada na primeira safra, cuja estimativa de produção ficou em 988,4 mil toneladas. Incluindo-se a segunda e terceira safras, a estimativa total é de 3,08 milhões de toneladas.

Exportações

A Conab informou que as exportações de soja chegaram a 86,1 milhões de toneladas no ano passado, superando o recorde anterior, registrado em 2018.

No caso do algodão em pluma, no ano passado foram exportadas 2 milhões de toneladas, 58% acima da média dos últimos cinco anos. Para 2022, é estimado crescimento para 2,05 milhões.

O levantamento completo pode ser encontrado no portal da Conab

Por Agência Brasil – Brasília