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Tanto camelos árabes (dromedários) quanto humanos podem transmitir o coronavírus MERS-CoV — um parente do coronavírus SARS-CoV-2 — que é conhecido por provocar a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). Segundo pesquisadores, a doença pode ser um potencial risco para a saúde durante a Copa do Mundo do Catar. No entanto, casos da covid-19 e Mpox (antiga varíola dos macacos) tendem a ser as principais preocupações.

29 de novembro de 2022

Independente de quais agentes infecciosos estão em mais evidência, grandes eventos criam o ambiente propícios para a transmissão de vírus e de doenças, como a covid-19, a Mpox e a MERS. Afinal, em menos de mês, cerca de 1,2 milhão de turistas irão viajar para o Catar, um país com a população estimada em 2,8 milhões.

Risco de doenças infecciosas na Copa do Mundo do Catar

“A Copa do Mundo de 2022 inevitavelmente apresenta riscos potenciais de doenças infecciosas para o país anfitrião (Catar) e também para países vizinhos e outros países devido ao risco de importação [de doenças infecciosas]”, explica grupo internacional de pesquisadores, incluindo membros da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Publicado na revista científica New Microbes and New Infections, o estudo alerta para o principal risco de uma alta de casos da covid-19 e da Mpox. No entanto, não descarta o possível risco da MERS, que acomete inicialmente o trato respiratório dos indivíduos.

A pedida é evitar contato com camelos
Camelos árabes (dromedários) podem transmitir a MERS durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar (Imagem: Tampatra/Envato)
Camelos árabes (dromedários) podem transmitir a MERS durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar (Imagem: Tampatra/Envato)

Por causa do potencial risco de MERS, os cientistas aconselham que indivíduos com comorbidades ou imunossuprimidos não interajam com dromedários no Catar. “As pessoas com maior risco de desenvolver doenças graves são aconselhadas a evitar o contato com dromedários, beber leite de camelo cru, ter contato com urina de camelo ou comer carne que não tenha sido devidamente cozida”, orientam.

Casos de MERS no Catar em 2022

Além dos pesquisadores, um relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) também inclui o risco de casos de MERS para os visitantes do Catar durante a Copa do Mundo, só que novamente o documento destaca como principais riscos a covid-19 e a Mpox.

Neste ano, a região do Catar e de Omã identificou três casos de MERS, incluindo uma morte. Todos os casos foram relatados após o contato com os animais, que são o principal vetor da doença, e a transmissão entre humanos não foi documentada oficialmente.

“Desde a atualização anterior publicada em 3 de outubro de 2022 e a até o dia 10 de novembro de 2022, nenhum novo caso de MERS-CoV foi relatado pelas autoridades de saúde ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica o documento do ECDC. Apesar disso, a interação com os animais pode representar potencial risco.

O que é MERS

Vale lembrar que tanto a covid-19 quanto a MERS são provocadas por um coronavírus. No momento, sabe-se que os dromedários são um dos reservatórios naturais do MERS-CoV-2, mas, muito possivelmente, a doença tenha surgido em morcegos e, eventualmente, infecte humanos.

Em casos de MERS, os pacientes podem relatar os seguintes sinais e sintomas:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dificuldade respiratória;
  • Pneumonia;
  • Diarreia.

A doença foi identificada pela primeira vez na Arábia Saudita, no ano de 2012. As principais formas de prevenção da MERS incluem: evitar o consumo de produtos de origem animal não pasteurizados ou não cozidos e a adoção de boas práticas higiene ao interagir com dromedários.

*Por Fidel Forato

Fonte: Canaltech

https://br.noticias.yahoo.com/

29/09/2022

Estádio da Copa do Mundo do Catar

29/09/2022

(Reuters) – Os torcedores que participarem da Copa do Mundo no Catar precisam apresentar prova de teste negativo para Covid-19, independentemente de seu status de vacinação, disseram os organizadores em comunicado nesta quinta-feira.

Todos os visitantes com seis anos ou mais precisam apresentar um resultado negativo de um teste de PCR realizado dentro de 48 horas antes de sua partida ou um teste rápido de antígeno realizado nas 24 horas anteriores à chegada, disse o Comitê Supremo para Entrega e Legado.

Os resultados dos testes rápidos de antígeno só serão aceitos se forem de centros médicos oficiais e não autoadministrados. Não serão necessários mais testes no Catar se os visitantes não desenvolverem sintomas de Covid-19.

Os visitantes com 18 anos ou mais também precisarão baixar um aplicativo de rastreamento de contatos administrado pelo governo chamado Ehteraz.

“Um status verde Ehteraz (mostrando que o usuário não tem um caso confirmado de Covid-19) é necessário para entrar em qualquer espaço público fechado”, acrescentou o comunicado.

Os torcedores terão que usar máscaras no transporte público, mas a vacinação não é obrigatória para o fluxo sem precedentes de 1,2 milhão de visitantes esperado entre os dias 20 de novembro a 18 de dezembro.

“Qualquer pessoa que teste positivo para Covid-19 enquanto estiver no Catar será obrigada a se isolar de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde Pública”, informou o comunicado.

O Catar registrou mais de 440.000 casos confirmados de Covid-19 e 692 mortes pelo vírus, segundo dados do Ministério da Saúde Pública.

O país tem uma população de 2,8 milhões, dos quais apenas 380.000 são cidadãos do Catar. Um total de 7.487.616 doses de vacina foram aplicadas até agora, de acordo com os dados.

*(Reportagem de Hritika Sharma em Bangaluru)

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2022-09/catar-confirma-exigencia-de-teste-de-covid-19-para-torcedores-na-copa