Posts

Ação alcançará 47 milhões de hectares do Cerrado em 4 estados e no DF

Publicado em 14/11/2022

O combate à desertificação e a promoção do manejo sustentável das cadeias da soja e da pecuária de corte, além da recuperação das áreas degradadas, diminuição da emissão de gases de efeito estufa e proteção da biodiversidade, estão entre os objetivos do Projeto Vertentes. A iniciativa é dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF), foi apresentada no sexto dia da 27ª Conferência Climática das Nações Unidas (COP27), que está sendo realizada no Egito.

“Ao todo, serão mais de R$ 130 milhões (US$ 25 milhões) financiados pelo Programa de Impacto de Sistemas Alimentares, Uso da Terra e Restauração (Folur, na sigla em inglês). O Projeto Vertentes alcançará mais de 47 milhões de hectares do Cerrado nos estados da Bahia, de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal”, destacou, em nota, o Ministério da Agricultura.

A expectativa é que o projeto contribua no combate à desertificação e na restauração de áreas degradadas. Segundo o secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais do ministério, Fernando Zelner, além de chance de implementar a agricultura de baixo carbono, o projeto mostra aos parceiros internacionais que, quando há apoio financeiro, é possível multiplicar isso em termos de investimento privado e resultados. “Para o Brasil, hoje foi um grande resultado.”

A diretora do Departamento de Clima do Ministério da Agricultura, Mariana Maia, que também dirige nacionalmente o Projeto Vertentes, destaca que a ação tem grande impacto social, econômico e ambiental. “É bastante arrojado nas suas metas, uma vez que se preocupa com toda a cadeia dos setores. A proposta de desenvolvimento sustentável da soja e da pecuária de corte atinge toda a cadeia produtiva”, disse Mariana.

O coordenador de sustentabilidade da CNA, Nelson Filho, acrescentou que o Brasil tem a tecnologia e o ativo ambiental, o que demonstra o grande potencial do país para alcançar uma agricultura de baixo carbono associada a projetos que trazem adaptação e mitigação de maneira conjunta.

“Vamos integrar melhores tecnologias e ações para que o produtor rural possa garantir ao produto brasileiro, em todas as suas cadeias, uma adicionalidade muito importante, que, além da qualidade, é a sustentabilidade”, afirmou Nelson Filho.

Além da alienação por venda, tais itens podem ser destruídos ou ter destinação ambientalmente adequada ou ainda o encaminhamento às associações e cooperativas de catadores.

*Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Fonte: Agência Brasil

ter., 1 de novembro de 2022

Egito se prepara para COP27

BRUXELAS (Reuters) – Canalizar pagamentos de compensação climática por meio de fundos existentes não funcionará para comunidades vulneráveis, disse uma equipe de pesquisadores internacionais nesta terça-feira, argumentando que um novo fundo deve ser criado.

A questão controversa de como os países vulneráveis afetados pelas mudanças climáticas podem ser compensadas pelos países ricos deve dominar as negociações da cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima semana, no Egito.

Representantes dos quase 200 países que participarão da COP27 irão avaliar se devem criar algum tipo de fundo de compensação, uma demanda central dos países em desenvolvimento em todo o mundo.

Em um relatório nesta terça-feira, pesquisadores do Instituto do Meio Ambiente de Estocolmo apoiaram a criação de um novo fundo.

Embora existam vários fundos para ajudar os países a reduzir as emissões de CO2 e se preparar para inundações, aumento do nível do mar e outros impactos climáticos, eles não podem ajudar os países a se recuperarem de perdas e danos já causados por desastres naturais provocados pelo clima, argumentam os pesquisadores. Isso se deve a atrasos crônicos no financiamento ou porque as comunidades beneficiadas têm um envolvimento limitado na tomada de decisões, disseram eles.

“Existem lacunas significativas nos mecanismos de financiamento climático existentes que tornam importante criar um mecanismo dedicado a perdas e danos”, disse Ines Bakhtaoui, principal autora do relatório.

Por exemplo, a maioria dos financiamentos climáticos assume a forma de empréstimos, em vez de pequenas doações que os pesquisadores disseram que apoiariam comunidades vulneráveis sem sobrecarregá-las com dívidas. O relatório sugeriu a formação de um fundo da ONU com regras simplificadas para facilitar o acesso ao dinheiro para os mais atingidos, ao mesmo tempo em que canaliza temporariamente a compensação por meio de fundos existentes enquanto o novo esquema é lançado.

“Atualmente, o financiamento climático é amplamente inacessível para os países e comunidades destinatários devido a requisitos rigorosos de proposta e credenciamento e longos atrasos na entrega”, afirmou o relatório.

Os Estados Unidos e a União Europeia se opõem a esse fundo devido a preocupações com seus passivos.

(Reportagem de Kate Abnett)

Fonte: Reuters (https://br.noticias.yahoo.com/)