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Publicado em 05/01/2021 – 14:47

Crédito foi para 390 mil empresas geradoras de 9,5 milhões de empregos

O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas brasileiras no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus alcançou R$ 154 bilhões no ano passado. Os recursos beneficiaram cerca de 390 mil empresas, que respondem pela geração de mais de 9,5 milhões de empregos. A informação foi divulgada hoje (5) pela instituição.

As primeiras medidas foram tomadas em março de 2020. Na liberação dos valores, o BNDES deu prioridade a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e micro empreendedores individuais (MEIs), que correspondem a 99,6% do total de beneficiários apoiados.

Segundo a instituição, o principal destaque foi o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac) que, desde seu lançamento, no dia 30 de junho, garantiu R$ 92,1 bilhões a 114,5 mil empresas, dos quais R$ 82,3 bilhões destinados às pequenas e médias. Ao todo, 47 agentes financeiros estão habilitados a contratar empréstimos com a garantia do Tesouro Nacional por meio do Fundo Garantidor de Investimentos, que é o modelo do Peac.

Dos R$ 154 bilhões destinados às empresas brasileiras, R$ 20 bilhões foram repassados em março do Fundo PIS-Pasep, administrado pelo BNDES, para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso permitiu que pessoas físicas fizessem saques emergenciais e destinassem parte dos recursos ao consumo. “O repasse também ajudou a economia a se reerguer e deu fôlego às pessoas físicas”, destacou o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa.

Um dos empreendedores que receberam recursos do BNDES foi Cristóvão Marques Pinto Júnior, sócio de uma rede de restaurantes de comida italiana em Manaus. Com a pandemia, ele chegou a pensar em abandonar o negócio, mas decidiu seguir em frente. Com o financiamento do BNDES, oferecido por intermédio do Banco Safra, Cristóvão Marques conseguiu suprir o pagamento da folha de salários e comprar novos equipamentos. “Esse crédito ajudou muito. Ajudou a não deixar meu sonho morrer, a continuar com ele e inclusive a expandir”, afirmou.

Linhas emergenciais

As medidas emergenciais do banco começaram a ser anunciadas no dia 22 de março. A linha Crédito Pequenas Empresas, que oferece crédito para capital de giro, e que já aprovou R$ 9,1 bilhões, apoiando 27,5 mil empresas, foi uma delas.

O Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese) aprovou, em duas etapas, R$ 8 bilhões em crédito para pagamento da folha de salários de funcionários e quitação de verbas trabalhistas. A linha Peac Maquininhas, voltada para empréstimos oferecidos por agentes financeiros com base nas vendas feitas por meio das maquininhas de cartão, chegou a R$ 3,1 bilhões aprovados para 109 mil empreendedores.

O BNDES Audiovisual (FSA), outra linha emergencial criada para o financiamento a salários, gastos com fornecedores e manutenção da atividade fim das empresas pertencentes à cadeia produtiva do setor audiovisual, apoiou 11 empresas que empregam mais de 7,5 mil pessoas com R$ 246 milhões.

O banco aprovou também R$ 20 milhões não reembolsáveis para apoio a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) realizados em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e destinados a atender às necessidades do sistema de saúde do país, ajudando no combate à pandemia.

O Programa BNDES Crédito Cadeias Produtivas concedeu financiamento para capital de giro à cadeia produtiva de grandes empresas, formada majoritariamente por pequenas e médias empresas, atendendo às necessidades de liquidez de 211 empresas, com o montante de R$ 117 milhões.

Mais segmentos

Também as grandes empresas foram atendidas pelas linhas de crédito do BNDES. O banco promoveu a suspensão de pagamentos de financiamentos ao setor privado no total de R$ 13,3 bilhões, beneficiando mais de 29 mil empresas.

Além disso, um consórcio formado pelo BNDES e mais 15 instituições financeiras contratou R$ 15,3 bilhões na Conta Covid, para financiamento ao setor elétrico, de forma a evitar um aumento maior imediato das tarifas durante a pandemia.

No setor público, as ações emergenciais atingiram R$ 3,9 bilhões em suspensões de pagamentos de estados e municípios. O BNDES acelerou ainda a liberação de financiamentos contratados por estados no total de R$ 225 milhões.

Para o setor de saúde, o Programa Salvando Vidas, de financiamento coletivo para a compra de material insumos e equipamentos para santas casas e hospitais filantrópicos, arrecadou R$ 78 milhões. Desse valor, a metade foi aportada pelo BNDES.

Já as aprovações do Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus somaram R$ 309 milhões para o setor de saúde, contribuindo para a abertura de 2.900 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria; aquisição de 1,7 mil equipamentos médicos, como monitores e ventiladores pulmonares; 4 milhões de kits de diagnóstico contra a covid-19 e 58,4 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Fonte: Agência Brasil – Rio de Janeiro

The new president of the Brazilian Development Bank (BNDES), Paulo Rabello de Castro, will have at least two priority missions at its helm: normalizing the clearance of loans — whose pace, despite a little higher in the last month, would still be short of what is considered desirable and lower than the repayments of past loans — and pacifying the workforce, in crisis with predecessor Maria Silvia Bastos Marques, because of what they would consider lack of a more emphatic defense of the officials in face of charges against the development bank.

One goal the government outlined is to ensure that at least the amount of new credit be equal to the volume repaid by companies. There is concern about the growing cash reserves of the bank, which would already be around R$150 billion, because of higher repayments than loan disbursements. That is, by balancing inflows and outflows, the bank’s cash pile would stop growing and at the same time there would be a help to the economy and a softening of the criticism from businesses, especially from the manufacturing industry.

One government official said that easing the tensions among the staff alone would help “unlock” credit, taking it to a level more compatible with the current economy, which is attempting a recovery. In the view of this official, with the crisis involving the employees, there would be a greater difficulty of making the bank operate more normally.

“It is not about making anything crazy, but the bank was operating below what it could,” the official said, also pointing out that the work done by Ms. Marques left the institution prepared to lend more, in line with an economic activity moderately rising.

On the 29th of May, President Michel Temer had a meeting with Mr. Rabello de Castro and the ministers of Finance, Henrique Meirelles, and Planning, Dyogo de Oliveira, to outline tasks for the new member of the government economic team.

Speeding up the bank’s lending was a subject of the meeting. The view, one official said, is that the problem of weak credit disbursements would be related to the bank’s operational issues, due to the bureaucracy that Ms. Marques was allegedly having difficulty to overcome, and not to a political definition of contracting the bank’s lending.

During her tenure, the bank always claimed the drop in loans would be related to low business demand, because of the severe recession in which the economy plunged in 2015. Businesses, however, especially in manufacturing, said the bank’s credit contraction was higher than the drop in demand. The debate even led to a meeting of Mr. Temer with Ms. Marques in March for her to clarify the situation.

More recently, Ms. Marques got closer to the manufacturing industry and there was some improvement in the data of disbursements, whose pace of decline decelerated in the first four months in relation to the cumulative data in 12 months.

In São Paulo, Finance Minister Meirelles praised the choice of Mr. Rabello de Castro. He stressed the fact that he is “a liberal economist who believes in the market.” Mr. Meirelles also praised the work of Ms. Marques.

Source: Valor Econômico

O Ministério da Fazenda autorizou nesta sexta-feira, 13, a realização de dois contratos de renegociação de dívida entre a União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os dois atos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, autorizando as operações estão publicados no Diário Oficial da União de hoje.

O primeiro processo refere-se a renegociação de dívida no valor de R$ 10,028 bilhões e o segundo, R$ 13,819 bilhões. As duas operações estão sendo autorizadas nos termos do artigo 3º da Medida Provisória 618. Essa MP, entre outros dispositivos, autoriza a União a renegociar condições financeiras e contratuais das operações de crédito com o BNDES.

De acordo com o parágrafo 1º do artigo 3º da MP, as condições financeiras e contratuais da renegociação serão definidas em ato do Ministério da Fazenda. Além disso, diz a MP, a remuneração dessa renegociação poderá ser equivalente à TJLP, atualmente em 5% ano, ou “caso mantida, sobre parte da dívida, uma remuneração no custo de captação externa do Tesouro Nacional, em dólares norte-americanos, a remuneração será estabelecida em função do custo à época da renegociação, admitida a sua revisão, em intervalos não inferiores a três anos”.

Fonte: Agência Estado